Quando?

quinta-feira, 30 de junho de 2011


Amanheci em cólera. Não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. Mentir dá remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece... 

Clarice Lispector

A convivência me mostra a cada dia que passa, que de uma forma ou de outra, mesmo sem perceber, vivemos pra agradar aos outros. Mentimos até no pensamento. É sempre uma cobrança sem tamanho. Nunca satisfeitos, sempre procurando o mais. Passando por cima dos sentimentos. Maltratando. Nos maltratando. Orgulhosos (eu então, bem suspeita pra falar de orgulho). E paro a me perguntar: Que dia isso vai acabar? Quando que seremos capaz de acreditar que aquele sentimento de que lhe é dado é realmente verdadeiro. Quando? Quer saber? Acho que nunca. O mundo está cada dia mais competitivo. E o ser humano cada vez mais cruel.

Prisão

quarta-feira, 29 de junho de 2011


Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz. Eu nunca fui livre na minha vida inteira. Por dentro eu sempre me persegui. Eu me tornei intolerável para mim mesma. Vivo numa dualidade dilacerante. Eu tenho uma aparente liberdade mas estou presa dentro de mim.

Clarice Lispector

Uma prisão sem tamanho. Confusa, intensa. Indefinível. Tudo se tornando cada vez mais nostálgico. Não sei como me libertar dessa grade que me rodeia. Pressão e mais pressão. Responsabilidades. Chateações. Confusão. Incontrolável. Difícil de suportar. Sei apenas que estou morrendo a cada minuto que passa. Não quero mais viver assim. Porém não posso me libertar.

Ciúmes

terça-feira, 14 de junho de 2011


Até um tempo atrás, eu não sabia o que era ciúmes. Mas de uns tempos pra cá, eu sinto por coisas bobas, e até de pessoas que nem conheço. Assustador. Sempre achei um sentimento tão triste e agora me rendi a ele. Acompanhado me numa frequência insana. Não entendo porque isso está acontecendo. Como pode um sentimento ser tão mutante assim? Talvez eu tenha começado a dar mais valor as coisas. Apesar de sempre acreditar no se tiver de ser, será. Eu não gosto deste sentimento, ele é torturante. Faz agente sofrer por antecedência. Mas para que isso, se não quero sofrer? Essas interrogações me preocupam. Não consigo identificar como surge essa doentia sensação, mas é absolutamente ridícula. Me torna tão frágil que minha auto-defesa sentimental corre perigo.

Tatuados na lembrança

domingo, 12 de junho de 2011


É em dias como estes que sentimos saudades. Paralisados a pensar em romances vividos. Dos bons e maus momentos. Os bons principalmente. Como seria se tivesse dado certo? Os pensamentos vão e voltam numa ciranda, cujos os personagens são trocados no decorrer das lembranças, dos pequenos detalhes que cada um fez questão de tatuar naquele cantinho que será eternamente seu. Penso, que dentre todos, não importando o motivo pelo qual não deu certo, sempre terá seu lugarejo ali na memória. São detalhes que não se consegue apagar. Mesmo quando colocamos um ponto final, não esquecemos. Mesmo dispostos a esquecer, esquecer jamais. Podemos perdoar as palavras mal pensadas que ecoaram por muito tempo, as mágoas. Mas esquecer como? Seria possível perdoar sem esquecer ou esquecer sem perdoar? O ideal é não falar mais no assunto, fazer de conta que nada acontecera. Mas esquecer? Jamais. Não dá para deletar de uma biografia um momento marcante na sua vida. O que resta é relembrar e sentir saudade.

Saudades de algumas pessoas. E se pudesse, passaria uma hora deste com cada uma delas.

Estranho amor


Eu nunca imaginei que pudesse ser assim. Não consigo ficar um dia longe que a saudade é intensa. Apesar de me irritar bastante dormindo em horas importantes, eu entendo que você sofre de memória e não consegue processar tudo que te digo. Fazer o que se foi por ti que me apaixonei. Não conhecia teus defeitos, mas depois das meras apresentações me adaptei a eles. Contudo, você me ouve e entende como ninguém. Está sempre do meu lado, não importa se o momento é bom ou ruim. Está sempre lá me esperando. Talvez ansioso, não sei. É tudo tão platônico. Ao mesmo tempo real. De fato, eu não sei como me seduziu. Não está nas suas mais belas formas, é tão desorganizado, teimoso, age por impulsos, sem contar a sua aparência tão decadente. Nada do que sonhei pra mim. Agente nunca sabe o que o destino nos reserva. Ele têm me reservado você, e por incrível que pareça, estou te aceitando.

Bom, o cara aí citado à cima é o meu fiel computador. E eu desejo a ele um feliz dia dos namorados.
Quanto a foto, meu computador não tem essa aparência. Ele de fato está bem démodé. Mas, a achei  ideal pra esse post que já vinha com a idéia na cabeça desde que e o mês dos namorados começou. 

Slow motion - O palhacinho

sábado, 11 de junho de 2011


Esse é meu primeiro vídeo em slow motion. Espero que gostem.

Podem assistir aqui também.

E sim, simples


(...) Verdade que o tempo, de tão apertado, anda corrido e tanto minha disposição, quanto momentos disponíveis não são mais os mesmos. Aliás, diminuem gradativamente: acumulações se atribulam, alguns percalços pedem ajuste, gente gritando daqui, sentimento puxando do lado de lá - tem sido mesmo difícil satisfazer, mesmo com todo meu amor imenso e coração errante, as demandas daqueles que figuram como favoritados depois das sete chaves, do lado esquerdo, quase no meio do tronco. Os dias tem ficado cada vez mais frios, e me congelado junto, será? Cansei de correr atrás, só tenho suportado quem me compreende sem aquele esforço descomunal (e sim, simples), porque tudo que mais desejava é que, no momento em que o ritmo apertasse e o fôlego começasse a cessar, eu tivesse a quem olhar apenas de rabo de olho, sucinta e prosseguir na maratona que tem sido a vida.


Camila Paier


Não quero sofrer

domingo, 5 de junho de 2011


As pessoas costumam dizer que eu sou do tipo que se apaixona pouco, que se envolve racionalmente e que gosta de sofrer. Já ouvi tantas vezes que por essa minha necessidade de ser seletiva eu vou acabar sozinha que eu fico a pensar onde foi que eu me tornei assim.

Não, na verdade eu não vou falar de mim. Vou falar de todas nós que já sentiram a frustração de ter alguém nos amando e de não retribuir. Falar de todas nós que aprenderam que se não for intenso e recíproco não vale a pena.
Nenhuma de nós gosta de ser desprezada, pisada ou de sofrer. Mas a gente precisa de mistérios, de curiosidade e mais uma vez de equilibro. Não tem como falar se sentimentos, e aceitar que as pessoas busquem sofrer. Eu não busco. Mas eu quero alguém que pense coisas de modo diferente do meu, que tenha auto estima suficiente pra não abaixar a cabeça pra tudo que eu disser, que me beije de olhos fechados e que sorria um sorriso bobo depois disso. Quero alguém que tenha a própria vida, os próprios medos, e problemas. Alguém que se arrisque por mim, o mesmo tanto que eu me arrisco por ele. Quero reciprocidade, verdade e vontade.
Quero ter vontade de ligar no meio da noite e perguntar que serie ele esta assistindo, primeiro por saber que ele está tão acordado quanto eu, e segundo por não saber tudo sobre ele, ainda. Quero ser surpreendida com uma mensagem offline no msn, com um video qualquer sobre alguma coisa que eu disse. Quero ser surpreendida com um poema, ou texto que seja adequado ao nós. Quero nós. 
Não quero traição, lágrimas, nem mentiras. Não quero ser só mais uma. Mas eu preciso querer ser alguém melhor. Preciso de alguém que não ignore meus defeitos, mas que esteja disposto a suportá-los.
E isso não é gostar de sofrer. É querer sentir o melhor sentimento, da melhor maneira.


Deixei apenas na lembrança

sábado, 4 de junho de 2011


Um dia alguém me disse, que fechei meu coração para uma unica pessoa. De imediato neguei. Porém, fiquei com aquilo preso no pensamento. Refleti, várias e várias vezes, tentando achar a resposta. Até pensei na possibilidade da idéia ser verídica. Impossível! Não exitei em negar, porque de fato eu não me fechei a ninguém. Sempre deixei tudo acontecer naturalmente. O que as pessoas não entendem é que o fato de está sozinha, não tem nada a ver com o passado. Simplesmente não vejo a necessidade de manter uma relação sem sentimento, só pra não ter que enfrentar a solidão. Ainda tenho a esperança de que um dia a pessoa certa vá aparecer. Os homens que um dia passaram pela minha vida, deixei apenas na lembrança. Ainda não encontrei aquele no qual quero deixar não só na cabeça, mas também no coração. Enquanto isso não acontece, eu me fecho. Não pra alguém. Mas comigo mesmo.

 

Assim por fazer

quinta-feira, 2 de junho de 2011


Mistério, sedução. Masculinidade, vigor. Tão ágil e sorrateira. Poder insano. Toca arranhando suavemente a pele. Provoca arrepios reconhecidos de outras vidas, nos mais simples gestos. Barbas são coisas inexplicáveis. Adornam o maxilar do homem. O torna viril, não mais menino. Desenvolve sensações. Nem se tem o que explicar. São realmente poderosas. E me deixam com saudades.

Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.