Conselhos

domingo, 30 de outubro de 2011


Vontades confusas. Momentos tristes, noutros contentes. Necessito de amores intensos, impulsionados por ações incompreendidas ao mesmo tempo doces, mas não tão meladas para não enjoar. Preciso viver, viajar, sorrir, rodar, rodar, rodar e quando parar, quero está tonta ao ponto de seguir numa direção desconhecida. Onde a cada novo encontrado, possa  guardar um pouco na minha bolsa. E quando minha bolsa encher, terei a certeza de que colhi o suficiente para poder voltar semeando. Semeando conselhos que aprendi por cada pedra encontrada no caminho, e por cada tombo por tentar voar.

 

Imagináveis, possíveis

sexta-feira, 28 de outubro de 2011




Promessas, promíscuas, aquelas e mais o que venha à boca. A mesma coisa sempre. Indiferente das demais, iludem. Sonha-se, pensa-se, repensa. Acorda! Nem chegou a ser sonho, foi apenas uma vertigem. Entendida de forma única e mesquinha, de forma que ninguém mais possa entender. Apenas por devaneios que talvez por alguns minutos serem bons demais. Porém, insuficientes. Para que? Não consigo definir, nem ao menos mencionar algo, porque não sei, não percebi. Talvez não senti. Ou senti demais. Não sei. Não sei. Não sei. Não sei... Às vezes acho que estou pirando. Incomuns e insignificantes, pensamentos que não faço a ideia de como surgem, nem qual a intenção deles em minha mente. Abstratos. Imagináveis, possíveis. Contudo, indecifráveis e perigosos. 


Sufocada em tentações

terça-feira, 25 de outubro de 2011


Engraçado como o proibido é tentador. Ofertas que parecem mais provocações da nossa dignidade.O desejo, a curiosidade, vizinhos tão íntimos e impetulantes. Sei que nem tudo o que se é oferecido precisa ser aceito. ainda mais quando se trata de ilegal, proibido, banido. O problema é que essa situação atrai, ai você interdiz, recusa, reprova, mas ainda assim é uma injeção de adrenalina, uma taquicardia que te impulsiona ao experimento, ao risco bem sucedido ou não. Sabe, confesso e acho até loucura às vezes, mas não tem jeito, é mais forte e meus extintos pedem, praticamente me obrigam a cometer essas insanidades. Muitas vezes falta coragem, noutras oportunidades. Me acomodo, relaxo, desvio o pensamento e acabo pegando desvio pro mesmo lugar. Não há mais espaço para tanta comodidade, loucuras estão prestes à acontecer.

"Acho que devemos fazer coisa proibida - senão sufocamos. Mas sem sentimento de culpa e sim como aviso de que somos livres."
- Clarice Lispector



Embarcações

segunda-feira, 24 de outubro de 2011


A vida é um porto que não para de receber embarcações um só segundo. Quando não chega uma embarcação com passageiros alegrias, chega outra com passageiros tristezas. Os sentimentos são como ondas que bailam sem destino e vem de qualquer lugar. Às vezes pela violência de suas forças sabemos que vem tempestade. Tsunamis que alastram todo um afeto de anos cultivados. Numa questão de segundos, um coração fica em náufrago. Embarcamos nas que conhecemos, porém, sempre queremos mais e mais. Aí embarcamos na desconhecida. Quanto aos riscos, esses temos que saber nadar para não morrermos afogados.

SuspiroTube: A história do Lilinho

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Hoje o vídeo é mais que especial. Me arrepiei ao ver e me emocionei com as verdades das palavras. Tem uma fotografia belíssima. Vale à pena ser visto e revisto.
A História do Lilinho é o novo filme da Panvel Farmácias. Lançado em outubro de 2011, resgata os laços de amor e carinho que todos nós temos com quem amamos.
No elenco, Leonardo Machado (pai), Nina Moraes (mãe) e Amábile Wessler Comandolli (filha). Produção: Mínima. * Filme baseado na crônica de José Pedro Goulart, publicada no livro "A voz que se dane", Editora L&PM. Criação e Direção: José Pedro Goulart.

SuspiroTube: Não Trocaria um Sorvete de Flocos Por Você

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Bom dia queridos! 
Eu sei tem dias que não posto nada meu aqui,é que o tempo está curto, mas para não deixar o blog criar "telhas de aranha" estarei sempre postando algo interessante que eu achar pela net.
Não sei se perceberam, mas junto com a mudança de layout do blog eu adicionei aos meus contatos o meu canal do YouTube. É meu mais novo vício, procurar vídeos digamos que de bandas não tão conhecidas ainda. Hoje postarei para vocês um clipe da banda Soulstripper, a faixa faz parte do álbum As Garotas e Todos os Problemas que Vêm com Elas. O clipe relata uma histórinha de amor, mas o mais interessante que foi feito com crianças e o desfeixo do vídeo é muito e fofo. Espere que gostem do clipe Não Trocaria um Sorvete de Flocos Por Você. Eu amei!

Doi

sábado, 8 de outubro de 2011

Um medo que assombra


Não tenho estado muito bem nesses últimos dias, mas encontrei esse texto que está descrevendo o momento pelo qual estou passando perfeitamente.

Meu dia é uma correria, sei que é fase e que o jeito é dar seu melhor para que a meta seja atingida, mas fazem falta umas horas a mais no meu relógio, e dentro de mim.
Sem palavras, estou oca. Sumiram, congelaram, evaporaram: não escrevo. Não faço mais reflexões absurdas, se quer converso com meus botões ou fico sozinha com meu zíper. O vulcão que sempre fui, adormeceu. Deixou toda a adrenalina para a corrida até a parada de ônibus, toda a esperança para que este não esteja lotado. Vi minha intensidade diminuindo, e a revolta sendo cronometrada, não tenho tempo pra isso. Minhas pobres neuroses deixadas de lado, desamparadas, trocadas pela vontade de viver, a conformação e perseverança: não deu assim, de outro jeito há de dar. Meus sonhos se tornaram um: passar no vestibular. E o peito? Batendo sofrido.
Nua, completamente a mostra e frágil, sem letras a me cobrir e palavras a definir. Sem frases por onde caminhar segura, páginas pra me esconder ou livros pra fazer de casa. Eu sempre fui grafia, mas também fonema. Sempre tive voz ativa, palavra na ponta do dedo e desejo por passar pra fora o turbilhão interno que eu carrego, porém hoje, me abstenho. Escuto mais e ainda leio; perco-me em cálculos, diálogo com números e as letras que encontro são incógnitas. É isso, tá tudo tão misterioso, tão vazio, tão...oco. É tanta promessa pro futuro, tanto investimento no amanhã, tanto trabalho hoje. É tanta luta para o que eu nem sei se vem, é tanto esforço pra uma chance que pode fugir. Do amanhã nem o clima conheço e do hoje, só vejo névoa. É caminho desconhecido e eu sem bússola, sem mapa. Não dá pra descrever, nem dá pra escrever. Sentimento voando, entrando e saindo, titubeando, confundindo. Deixo-os ir, e voltam e se perdem e somem, não sobra vogal nem consoante pro papel. Não resta nada em um coração que aprende a deixar ir, é ensinado a deixar entrar e ainda assim, consegue prender, trancafiar a sete chaves o que deveria deixar voando aos quatro ventos. Sumiram as rimas, esgotaram-se os poemas: é tudo rotina, comum, clichê. É cama vazia, comida requentada, esperança sanfonada. É amor triturado, saudade parcelada e um silêncio que não é meu mas que agora eu carrego. É oco, é felicidade entrando e saindo, tristeza perturbando e se esvaindo. Completo-me ao mesmo tempo que me encho de buracos, não sacio, não mato fome, não dou fim a carência. Um entra e sai dentro de mim que deixa tudo pisoteado, é festa e velório, inverno e verão, e eu só sobro oca, vazia de novo. Sorrindo por isso, chorando por aquilo, me sinto o arco-íris em meio ao sol e a chuva. Crescer é uma porrada e talvez minha armadura não seja forte o suficiente, ainda. E quanto mais misturo o que fui com o que me torno e com quem um dia serei, menos me encontro, e até me assusto. Ninguém mais me habita, é transição; são inquilinos, hóspedes temporários, locatários. Bate um solidão que ecoa, um medo que assombra. Corrida sem descanso, cabeça que não para, placa não lida, bilhete não deixado, pedaço de mim reservado. Não escrever é preservar, me esconder. Fingir que não estou sentindo ou pensando, não propagar emoções diversas em formato de texto, não pontuar angústia, virgular intensidade. Ignorar dores que começam miúdas - e não merecem atenção- e proteger alegrias frágeis, que se desfazem quando as divulgamos. Oca de vida, que o dia me dá e a noite me tira, que o pouco sono me leva e o cansaço me ganha. Oca e depois cheia, nesse ciclo de quem quer viver completa quando só sabe ser metade; de quem tenta fazer tudo mas é boa em uma só parte; de quem quer tudo e mais um pouco, porém nem tem onde guardar tanto. Palavras, voltem pra mim, saiam dos livros didáticos, dos resumos, das obrigatórias e das fórmulas, sejam novamente minha cama, alimento e fuga. Deixem-me oca após um desabafo mas voltem a me preencher em cada linha desse meu corpo, que tem um coração que sente, uma cabeça que pensa e mãos dispostas a traduzir o conflito entre os dois.

Texto retirado daqui.

Perdida no tempo

domingo, 2 de outubro de 2011


Você já teve aquela sensação de que você não é bem você? Ou nunca foi?

A sensação que tenho é que o tempo parou, e me trancou dentro dele. Eu me perdi numa estrada vazia, sem permissão de olhar para os lados. Estática no meio de uma multidão de segundos, surgindo dias e morrendo noites. Nada novo acontece. E quando acontece, geralmente não é bom. E quando é, não me faz querer olhar para os lados. Não há trilhas, mapas ou ao menos alguém pra seguir. Não tenho certeza nem se existe mesmo um lugar para ir. Existe?

"Eu não sei que horas são. Se é inverno ou verão. Eu não sei. Minhas noites são em vão. Me escondendo atrás da solidão. Mas eu sei. Você vai me achar perdida ao luar." - Donabella


Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.