Querer a gente inventa

segunda-feira, 29 de abril de 2013




"Eu quero, certo? Não sei se devo, também não sei se posso. Se é permitido? Sei lá, acho que também não sei o que é dever ou poder, mas agora estou sabendo de um jeito muito claro o que é precisar, certo? E quando a gente precisa, não importa que seja proibido. Querer? Querer a gente inventa."

-Caio F. Abreu

Quando na verdade não

sábado, 20 de abril de 2013

Intenso é tudo aquilo que deixa marcas no nosso coração, difíceis de apagar. Quase que sem querer a gente se apega aos sentimentos e os tornamos a coisa mais importante e preciosa que possuímos. Eles passam a nos definir tomando conta do nosso coração, preenchendo a parte que antes ficava vazia. Não estamos acostumados a guardar tanto sentimento, eles explodem dentro da gente. Arriscamos, sem saber se vale a pena arriscar, passando a acreditar que as coisas podem ser simples e normais, quando na verdade não são. Na verdade estão longe de ser. A verdade nunca é o suficiente. Essa é a hora que a gente deveria respirar fundo e acordar. A verdade é que eu nunca fui das que fazem sentido. Acho que me perdi. Me encontra. 

Jullie Souza

Solidão...

segunda-feira, 15 de abril de 2013


Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio.
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida. .. Isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma....

Francisco Buarque de Holanda

Escuro


O cansaço da alma, além de me deixa ofegante, trouxe fraturas emocionais que levarão tempo e pedirão firme dedicação para que se curem totalmente. 

-Camila Paier


Tenho minha alma espancada, e o que mais sinto é dor. Sinto o rubor na minha pele. Tenho em mim olheiras profundas, de quem dorme um sono inquieto. Que não dorme. Que dorme em excesso. Sinto-me triste, extremamente ferida. Vejo-me abatida, sozinha, chorosa, e irritada. Tenho a cabeça dolorida, o mundo desaba sob ela. E que mundo é esse? Que te trai, que te desaponta, que te decepciona, que te espanta, que te machuca. Que mundo é esse?Não é mundo, são pessoas. O claro de tão alvo e rabiscado se fez demasiadamente escuro, negro. Eu peço trégua, não tenho suportado mais. As feridas não se cicatrizam, aumentam gradualmente, como um vírus infetando o mínimo que tem restado. Suplico! 


Suspiro Tube: Amor de Chocolate

terça-feira, 9 de abril de 2013


Nunca tinha prestado atenção na letra desta música, sabia apenas o viciante refrão, até ouvir ela sendo cantada por Cinthia Felix, canta demais, ela sensualizou a música como pede a letra. Muito bom.

"Eu não tô de brincadeira
Eu meto tudo, eu pego firme pra valer
Chego cheio de maldade, eu quero ouvir você gemer
Eu te ligo e chega a noite, vou com tudo e vai que vai
Tem sabor de chocolate o sexo que a gente faz

Corpo quente, tô suado, vem melar e vem lamber
Só o cheiro, só o toque já me faz enlouquecer
Já me faz enlouquecer"


O Que Você Faria Se o Amor da Sua Vida Estivesse com os Dias Contados?


A vida é muito curta para viver reclamando.



Estamos cansados de saber disso e, mesmo assim, reclamamos do café morno, da bolacha murcha, da segunda-feira, da bolsa pesada, da camisinha no sexo, do bad hair day, do detergente que não rende, do vizinho velhinho que escuta TV no último volume, do preço do iPhone no Brasil. E muitas vezes, imersos nas nossas queixas e nos nossos “first world problems”, esquecemos de aproveitar a vida e de dar valor a quem sempre esteve conosco.


Dê-nos licença para propor um exercício bem simples e rápido. Olhe para o lado, conte as companhias que realmente valem a pena na sua vida e responda: para quantas delas você já dispensou o mínimo de carinho e atenção hoje? Se a sua resposta for ‘nenhuma’, está na hora de rever os seus conceitos. E rápido. A vida é efêmera, imprevisível e vem sem garantia contra defeitos e acidentes de percurso. Se num momento tudo está bem, no instante seguinte tudo pode mudar de figura.


Foi mais ou menos o que aconteceu com o casal Angelo e Jennifer Merendino. Na época casados há cinco meses, Jennifer descobriu um câncer de mama e se submeteu a um tratamento quimioterápico que durou cinco anos. Durante todo esse tempo, Angelo ficou do lado dela, fotografou a luta da amada e disponibilizou as imagens em um projeto chamado The Battle We Didn´t Choose – My wife’s fight with breast cancer (em português, “A batalha que nós não escolhemos – A luta da minha esposa contra o câncer de mama). Infelizmente, o final da história não é como nos filmes de Hollywood. Mas o CSV recomenda esse ensaio como um incentivo à conscientização e à valorização da vida.













Vale muito à pena conferir também Quimioterapia e beleza. Dicas de beleza, receitas, truques, makes e cosméticos para passar essa barra com estilo, e sem tristeza, né?

Passo-a-passo: Estampa de maçã

segunda-feira, 8 de abril de 2013


Nem princípio nem fim

“Morro do que há no mundo:
do que vi, do que ouvi.
Morro do que vivi.
Morro comigo, apenas:
com lembranças amadas,
porém desesperadas.
Morro cheia de assombro
por não sentir em mim
nem princípio nem fim.
Morro: e a circunferência
fica, em redor, fechada.
Dentro sou tudo e nada.”

Cecília Meireles

Curiosidades: Colecionador de peles tatuadas

sábado, 6 de abril de 2013




Dr. Masaichi Fukushi foi um médico patologista nascido em 1878 que, devido a seu estudo a respeito de sinais (como verrugas e manchas) na pele humana, em 1907, acabou se interessando pela tatuagem ao descobrir que era possível comparar com mais facilidade o movimento do pigmento dos sinais por meio do estudo do movimento do pigmento aplicado em peles tatuadas. Ele descobriu ainda que a pele penetrada por agulhas evitava a recorrência da sífilis em peles recentemente tatuadas – o que aumentou ainda mais seu interesse pela arte da tatuagem.
Em 1920, o Dr. Fukushi aceitou um cargo no Mitsui Memorial Hospital, no centro de Tóquio, onde teve contato com diversas pessoas tatuadas nos moldes japoneses tradicionais. O hospital Mitsui era uma instituição de caridade que atendia as classes mais baixas e, a medida que os tatuados faleciam, por doença ou velhice, Fukushi realizava as autópsias e preservava suas peles. Após ter passado um tempo na Alemanha, o médico retornou ao Japão, indo trabalhar na Nippon Medical University, na qual continuou a pesquisar sobre pigmentos na pele e o crescimento congênito de sinais e verrugas, voltando, então, a estudar peles tatuadas.
Na universidade, ele desenvolveu um método de tratamento e preservação especificamente da camada dermal que continha a tatuagem, podendo esticá-las e colocá-las em molduras sobrepostas com vidros, possibilitando que pesquisas médicas posteriores também pudessem ser feitas.
O projeto de Fukushi teve total cooperação dos tatuados, com quem mantinha boas relações e dividia o pesar de que trabalhos feitos tão meticulosamente fossem perdidos com a morte de quem os carregava. O médico até chegou a ajudar financeiramente aqueles que não tinham condições de terminarem suas tatuagens, pagando para completarem seus fechamentos! Em troca, ele tinha o direito de obter a pele do indivíduo depois que morresse – uma cobrança irrisória, já que muitos tatuados estavam dispostos a doar suas peles de bom grado e fariam qualquer coisa para não ter de lidar com a desgraça e humilhação de viver com uma tatuagem incompleta! Com sua atitude, Fukushi se tornou extremamente respeitado e admirado entre os grandes mestres japoneses da tatuagem, sendo convidado, inclusive, para ser jurado em convenções.
Nos anos de 1927 e 1928, Masaichi Fukushi dedicou-se à divulgação de seu trabalho pelo ocidente, oferecendo cursos e palestras sobre pigmentação, bem como sobre a história e o processo da tatuagem japonesa. Durante suas viagens, um caso desafortunado aconteceu em 1928, na cidade de Chicago, nos E.U.A.: um dos caminhões contendo quadros de peles tatuadas pertencentes ao médico foi roubado e nunca mais visto novamente, apesar de se ter oferecido uma generosa recompensa para quem devolvesse os artefatos levados.
Ao longo de sua vida, o doutor catalogou mais de 2000 desenhos, juntamente com informações detalhadas sobre os “donos” das tatuagens e suas peles, além de ter colecionado mais de 3000 fotos. Infelizmente, a maior parte de suas documentações foram destruídas em 1945, durante o bombardeio de Tóquio na Segunda Guerra Mundial, que deixou os prédios da universidade em ruínas. Contudo, os espécimes de pele estavam guardados em outro lugar, permanecendo intactos.
Nos anos 1940 e 1950, as pesquisas de Fukushi e a tatuagem japonesa chegaram até a aparecer em artigos de revistas e jornais, incluindo duas edições da revista americana Life, uma de 11 de março de 1946 e outra de 3 de abril de 1950! (Cliquem nas respectivas datas para conferir as edições, disponibilizadas no Google Books; as matérias estão na seção “Speaking of pictures…”, na página 12.)
A custódia da coleção de peles tatuadas do médico passou para as mãos de seu filho, Katsunari Fukushi, que, tendo visitado vários estúdios com seu pai quando era apenas um garoto, acabou por seguir seus passos, tornando-se um patologista que se dedicou a estudar o câncer e um amante da arte da tatuagem japonesa. Ele chegou também a preservar guardar peles tatuadas, adicionando mais de vinte exemplares à coleção. Curiosamente, pai e filho não chegaram a fazer tatuagens em si.
Katsunari escreveu e publicou diversos artigos sobre o tema, além de capítulos para os livros “Japanese Tattooing Colour Illustrated” (1972) e “Horiyoshi’s World”(1983), nos quais descreve o trabalho de seu pai e sua paixão pela arte na pele. Também na publicação “Tattoo Time Vol. 4 – Life & Death Tattoos” (número 1, 1987), produzido e editado por Don Ed Hardy, há um excelente artigo de Katsunari intitulado “Remains to be seen” (numa tradução literal, “Restos/Relíquias para serem vistos/as”).
Acredita-se que a Universidade de Tóquio tem 105 quadros contendo as peles tatuadas, sendo boa parte deles fechamentos de corpo inteiro! O departamento médico da universidade não é aberto ao público, mas eventualmente são permitidos agendamentos, de médicos e pesquisadores, para visitar a exposição.


Vem...

Moda de Sexta: Super Maxi

sexta-feira, 5 de abril de 2013

E ai, usariam?



“Tudo tem sua hora”


Ô frase complicada de se engolir. Ô “expressãozinha” que entala na garganta.
É difícil calar o ansioso. Quase impossível sossegar um inquieto. O apressado tem urgência não por preguiça de planejar, mas pela dificuldade de lidar com aquilo que ainda se apresenta incerto.
Haja desenvoltura para interagir com o silêncio. Para arrumar ocupação nos intervalos eternos que se apresentam entre as conquistas. Distrair-se naquele espaço vazio que se instala quando estamos esperando por algo. Quando a única alternativa é parar. Pensar. Traçar.
Que não nos falte habilidade para desviar do vão que existe entre um sorriso e outro.

Fernanda Gaona

Que maré é essa?


Definitivamente o mar não está pra pesca nem pra pescador. Preciso de um colo e um abraço mudo.

Blocos de areia

quinta-feira, 4 de abril de 2013




Aqueles pulmões envenenados, cérebros se liquefazendo, idéias demasiadamente espontâneas, peles que se rompem por vontade própria, ossos se despedaçando como bloco de areia, memórias perdidas, olhares ávidos ou insolenes, tudo isso é humano e real, mas que o mundo lá fora ver como universo paralelo, uma realidade particular. Um conjunto mobiliário desconexo, presos à sua pior época. 

Adaptando do livro Cartas ao CãoTatiana Busto Garcia

Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.