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O doce lado da inveja

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Não há como fugir: alguma hora, a grama do vizinho é – e sempre será - mais verde. Não adianta termos o que precisamos. Estamos sempre em busca de mais. Não importa se não nos cabe, não interessa se aquilo não nos trouxer a menor alegria no final. A verdade é que sem auto-conhecimento e sem simplicidade, a vida pode parecer pequena demais diante de tanto sonho. E o sentimento que fica? Uma insatisfação ali, uma inveja que volta-e-meia a gente tenta esconder. E a gente jura de pé junto que não sente nada de ruim no peito. Afinal, crescemos com a idéia de que tudo isso é feio. Muito feio. É, eu concordo que inveja é um sentimento vagabundo. Mas, se prestarmos atenção, é possível transformar o tal pecado em algo bem mais proveitoso. Quer ver só? Sentiu um incômodo ao saber que sua amiga foi promovida e ganhou um aumento inacreditável? Bom, pra começar, sorria. De coração. Recicle o sentimento dentro de você. Comemore com ela, pegue-a como exemplo e transforme aquelas invejazinha em pura fonte de inspiração. Mas, entenda uma coisa: a ordem não é copiar ninguém. (Afinal, onde está sua personalidade?). Encontre seu estilo, seu jeito de lidar com a vida, suas próprias limitações. Descubra-se. Se aceite. E mãos à obra!

Pois bem. Era isso o que eu queria dizer em tempos de muitos pecados e ligeiras confissões. Sentimentos pouco nobres habitam todos nós e não há como fugir disso. O importante é o que iremos fazer com eles. E o que eles poderão fazer com a gente. (Se deixarmos).


O mundo colorido

sábado, 20 de março de 2010

“a vida, tão difícil de possuir completa,
e tão triste de possuir parcial.”
Fernando pessoa

Queria mudar e tentar diferente. Não sabia medir a intensidade nem a direção, talvez um único ângulo, um ou alguns pontos de vista, talvez uma revolução inteira.

Ela orienta-se pelos sentidos, pelos desatinos ritmados, por novas nuances e cores. Da mistura das experiências que acumula ela quer pintar sempre o sentimento cúmplice, único e intenso. No entanto, havia se tornado invisível para ela mesma.

Era fácil passar despercebida na multidão, estava protegida no anonimato. Ela poderia ser quem quisesse ser e na hora que tivesse vontade, mas inventar-se é uma brincadeira perigosa uma vez que meias verdades nunca chegam a histórias inteiras.

Imóvel no tempo gasto, em tons de cinza, ela esperava a oportunidade, a hora, um grito, a própria coragem para tentar novamente. E a coragem veio dele.

Ele teve a força para mover-se e movê-la, como se fossem um só, e eram. Teve a ousadia em cor vibrante que faltava para que ela arriscasse. Ele falou de si, contou seus dias passados, seus tormentos e seus pecados sem medo, não queria esconder-se e em pouco tempo a convenceu a olhar para o horizonte à frente.

Ele mudou-a e ela jamais será a mesma novamente. Essas são as mudanças que a gente sempre roga, pouco espera e quase nunca acredita que virão. A certeza de que isso jamais se repetirá já é um motivo grande o suficiente para ela desenhar-se ao lado dele.

Coincidência, destino, acaso? Tem horas que nomear pouco importa. Importante é a busca que cada um faz, o que deseja encontrar e como vai apreender e praticar os ensinamentos escondidos pelo caminho que se está sempre a trilhar.

De qual cor sua vida é feita?

Pinte-a e viva-a por inteiro porque o tempo passa e na lembrança do que se vive estarão muitas respostas que não foram entendidas por nós.

Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.