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Lados incertos. Inversos

sábado, 7 de julho de 2012


"Não tem jeito. Palavras ditam minha ordem. Moldam meus capítulos. Me mostram quem sou. (E quem, na verdade, eu poderia ser). Ao escrever, tudo torna-se possível. É meu reino imaginário, onde vez por outra encontro traços reais de mim mesma. 
Em palavras, eu me encontro. É a hora onde eu me sinto mais livre. Mais completa. E descubro as minhas diversas faces. Fases. E frases.
Em versos, percebo meus lados incertos. Inversos. Minhas dúvidas, devaneios e reticências... E, mesmo que me assustem, estou ali: escrita. Pronta para me ler. Reler. E me editar.
É, escrever, para mim, é meu melhor exercício. De autoaprendizado. De humildade. De aceitação. É minha terapia gratuita, tendo – como psicóloga – a mais travessa das filosofas: a literatura." 

Fernanda Mello

Princesa

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011



Mas que princesa é essa? A adormecida, a envenenada. A de tranças cortadas, a do sapato perdido. Qual? Todas elas, ou nenhuma delas. A princesa de corpo envolvente e de mente perspicaz. Aquela que adormeceu durante anos, pra ser acordada pelo rei de seus sonhos. Mas que se viu em perigo... Havia ali uma rainha (uma bruxa) que a envenenou e cortou suas tranças.  E o sapato? Esse está perdido, perdido num reino desconhecido, que nem em sonhos consegue projetar. A princesa caiu em sono profundo outra vez... Mas ela parece tão acordada, alguém comenta. É porque ela está acorda. Porém ela ficou presa num sonho. No sonho dela! No sonho do rei? Que princesa é essa? Coitada! Não sei se lamento, ou lamento. Ela esta sozinha num quarto escuro, no qual ela guardou sua alma e um segredo. Um segredo que nem ela sabe o que é porque ele se perdeu junto ao sapato. E o sapato? O rei não se permite mais procurar. Ele também teve sua alma aprisionada.

Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.