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Lados incertos. Inversos

sábado, 7 de julho de 2012


"Não tem jeito. Palavras ditam minha ordem. Moldam meus capítulos. Me mostram quem sou. (E quem, na verdade, eu poderia ser). Ao escrever, tudo torna-se possível. É meu reino imaginário, onde vez por outra encontro traços reais de mim mesma. 
Em palavras, eu me encontro. É a hora onde eu me sinto mais livre. Mais completa. E descubro as minhas diversas faces. Fases. E frases.
Em versos, percebo meus lados incertos. Inversos. Minhas dúvidas, devaneios e reticências... E, mesmo que me assustem, estou ali: escrita. Pronta para me ler. Reler. E me editar.
É, escrever, para mim, é meu melhor exercício. De autoaprendizado. De humildade. De aceitação. É minha terapia gratuita, tendo – como psicóloga – a mais travessa das filosofas: a literatura." 

Fernanda Mello

“Meu livro”...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010


Não. Eu não escrevi um livro.

Mas como muitas pessoas dizem por ai: - minha vida é um livro aberto.

Não a minha não é, e quando ele tenta se abrir um pouquinho suas histórias começam a desabar, formando um embralhado de letras, as quais, não consigo reorganiza-las na mesma ordem. Não que também eu queria que elas voltem a ser totalmente como eram. Mas também não queria que elas fossem lidas, quando lidas são lembradas, são sentidas, são choradas. E o que eu menos preciso agora é me sentir assim. Eu preciso ter mais histórias para serem escritas, do meu jeito, do meu gosto, do meu querer. Então pense bem antes de querer abrir meu livro, você pode me trazer lembranças das quais já havia me esquecido, mas sempre que alguém lembra elas ainda mechem comigo.

O caos nosso do dia-a-dia

terça-feira, 20 de abril de 2010

(ou: teoria das minhas borboletas)

Tenho que confessar. Sou avessa às fórmulas e respostas certas. Não gosto de nada definido. Certezas não me calam. Talvez - por ser uma eterna questionadora e reverenciar o que não se explica – eu deva admitir, com respeito: sempre me atraiu o conceito do caos. Não me entendam mal, por favor. A palavra – por si só – já me traz simpatia: “caos” era usada pelos gregos como sinônimos de fenda ou espaço infinito. A simples idéia me encanta. E não é só isso. A teoria confirma a natural instabilidade do mundo (e de nós mesmos): há ordem na desordem e desordem na ordem. Viu só? Pra mim, nada pode ser tão real. E inspirador. Parece loucura? Olhe, então, a vida se desenrolar lá fora. Ou atreva-se e vire para você mesmo. Previsões falham. Resultados nos surpreendem. Contradições surgem. Fatos nos tiram do prumo quando tudo parece estar na “mais perfeita ordem”. O contrário também acontece. (E eu agradeço feliz, pela não-linearidade do mundo!). Li uma vez que o simples bater de asas de uma borboleta pode provocar um tufão do outro lado do planeta. Já avaliaram isso? Ah, não sei não. Não entendo nada de física, nem de escalas temporais. Minha história é outra. Acredito que uma pequena escolha na vida pode mudar muita coisa lá na frente. A dimensão de tal fato? Não sei medir. Mas, por via das dúvidas, me asseguro: acalmo as borboletas que voam na minha cabeça e exijo-lhes ordem. Afinal, nunca se sabe o temporal que somos capazes de criar.
Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.