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Já vai tarde

sábado, 31 de dezembro de 2011



Hoje é dia das clichês mensagens e despedidas de ano. Não muito diferente das demais blogueiras venho deixar aqui o meu último post. Não vou fazer listinhas de desejo para o ano que chega. Não queria também fazer retrospectivas. 2011 foi um ano que indubitavelmente não foi. Já vai tarde... Nunca desejei tanto que um ano se fosse. Mas de fato, já vai tarde. Dele só me restará uma única e boa lembrança.  Outro dia alguém me perguntou sobre ele, e eu inevitavelmente respondi que a melhor coisa que me aconteceu neste ano, infelizmente ficará nele, pois de certa forma a arrancaram de mim. Responderam-me: “Quanto peso nas palavras!”. Não é um peso, mas uma verdade. Pra que ficar fingindo o que aconteceu, na verdade o que nem chegou a acontecer? Foi como arrancar um doce de uma criança. Lamentável. Mas o tempo faz tudo valer à pena, nem mesmo o erro é desperdício. Levo na bagagem, mais um momento. Momento que me apresentou o respeito, me despertou a vontade de amar e ser amada. Agradeço as poucas horas de dialogo inteligente, de toques incomparáveis, de devaneios indeléveis. Mais um ano se vai deixando feridas que ainda não se cicatrizaram. Só que a vida não pode parar, sentindo ou não, viver é preciso. Não faço pedidos para o próximo ano, gosto de deixar as coisas acontecerem. Então, não peço, apenas afirmo que não quero mais perdas.

A vocês meus queridos leitores, um Feliz Ano Novo. Que suas listas de desejos se realizem.

Decisão

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Tudo sempre igual, todo ano, o ano todo. A página está em branco, eu fico um tempo pensando, tentando fazer minha mais intima retrospectiva. Lembro de pessoas, lembro de fatos, lembro que não esqueci tudo o que precisava e descubro que muitas coisas eu sequer me lembrava. Não há por onde começar. As palavras não soltam de mim, não carregam desejos de paz e prosperidade àqueles com quem eu quero tanto falar. Não há obrigados despencando por entre os nomes daqueles a quem eu quero tanto agradecer. Há um silêncio que rodeia e se abriga em mim própria. (Como assim?) Não vejo a necessidade de contar minhas promessas não cumpridas, turvos pontos de vista e tantas vontades infundadas. As mudanças que ocorreram dentro de mim, à esperança que sem motivo ressurgia, a falta que sem perceber em mim já não doía. Relevâncias e irrelevâncias só minhas. Eu até tento buscar um ponto que me faça reverter o sentimento, afinal sempre foram tantos textos e tantos livros, estrofes de música e tantas frases de efeito. Tudo sem efeito algum. Tenho a sensação que meus 20 anos passaram em rascunho. Eu sei que não foi, mas parece que não sei. Mas saiba que eu sei bem a quem agradecer pela presença e a quem culpar pela ausência. Também sei a quem dei meu melhor abraço e quem de mim recebeu o melhor sorriso. Sei quem estava comigo enquanto eu chorava e o quanto de lágrima que comigo sozinha estava. Conheço o senhor das minhas melhores palavras, e por quem vem minha risada incontida. Quando da minha dúvida e quando da certeza eu sei quem estava aqui. Eu sei quem me fez o melhor pedido e quem me deu uma grande oportunidade. Meu amor incondicional, eu sei. Eu sei quem eu tanto achei que amei. De quem eu sinto falta e quanta falta me faz sentir, eu sei também. Eu sei que eu não fiquei menos racional, mas deveria. Não fiquei tão corajosa quanto gostaria. Toda a memória ficou registrada em mim ai eu resolvi não escrever para ninguém, por falta de palavras... Quantas palavras!

Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.