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Daqueles que fazem cócegas

sábado, 20 de outubro de 2012


Hoje senti uma vontade absurda de beijos passeados. Doces, suaves, daqueles que fazem cócegas. Um passeio sobre a pele, arrepios, risos, desejos. Que saudade nostálgica. Acarinhar acarinhada, beijo, beijo, beijo. Odaxelagnia. Respiração quente no ouvido. Beijo, pescoço, orelha, sussurro. Humm... Devaneio. Imaginação. Lembranças.


Céu de lua cheia

segunda-feira, 7 de maio de 2012


Nossos momentos — mesmo os mais rápidos e indispensáveis — repetem-se diariamente em minha cabeça, como num filme obsoleto sem fim. Sem fim. -Jeniffer Rebelatto

Covarde a lua. Lua que hoje teimou em ser linda. Ousou em exuberância. Covarde! Já não basta o pensar frequente em você, vem a lua me desafiar. Ao mesmo tempo feliz, fico triste. Céu de lua cheia. Cheia de saudades, desejos. Vazia. Por um sentimento vago. Ah, bela! Por que me deixas assim? Doce tentação. Mistura de sensações... Equívocos. E apenas meras lembranças. Lua, lua... Pare de me seduzir! Deliro.

Coberta por suspiros

quarta-feira, 25 de abril de 2012


“É bizarro o efeito da ausência. Bizarro mesmo...” 
-@harianamk 

Acordei intensamente coberta por suspiros. Eu não dormia, mas era tudo tão real. Eu te sentia. Sentia teu toque em cada detalhe. Degustava teu sabor. Abraçava-me tão forte que me sentia esmagada de desejos. Tudo tão íntimo e tão sagaz que me despenteava a alma. Teu corpo sobre o meu. A pele arrepiada. Completamente envolvida. Era tudo tão aconchegante que me perdi entre beijos e caricias. Perdida ali não me acharia pelo resto da noite envolta a teus braços. Porque mesmo longe... A sensação era de ter-te me tocando e beijando. Então, acordo! Percebo que não sonhava, foi tão real que teu cheiro invadiu meu quarto. 


Que mal tem?

terça-feira, 3 de janeiro de 2012



“Às vezes quero o improvável. Eu nunca fui razoável com os meus próprios desejos.”

Talvez seja esse o meu problema, querer coisas improváveis. O que tem de mal em amar e querer estar ao teu lado? O que tem de mal em eu agir pra provocar? O que tem de mal em me declarar? Diz-me o que tem de mal em ser eu e me despi, me entregar, libertar todas as barreiras que um dia as reforcei, apenas para poder sentir e deixar que sinta reciprocamente. Que mal tem? Não sei, nem quero enxergar. Sei apenas o que eu sinto. Mesmo desacreditado. Mesmo que não mais retribuído. Sinto. E sem saber o porquê, não quero parar de sentir. Contudo, você ainda me faz bem. E como eu ouvir outro dia, agente nunca fica com quem agente ama de verdade. A princípio, achei em vão. Depois, refleti. E percebi que amar não é estar junto. É apenas sentir, não precisa ser retribuído. É preciso apenas presença.

Retrocessos

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010


Não me aproximo porque, veja bem, sabe lá quem habita a tua solidão. Hesito. Recuo. Me afasto tristíssima. E te imagino em poses e sorrisos, voz grave e cabelos desgrenhados, preso nas minhas fantasias mais loucas e movimentadas. Numa delas sou um bichinho invisível, com asas, que adentra tua casa e te observa em segredo. Faço o contorno do teu corpo todo com os olhos, parada contra a parede do teu quarto, imóvel, enquanto tu te atiras na cama. Cansado. Tu olhas para o teto imaginando mil coisas, memórias, compromissos, desejos, saudades. Te fito com dor. A luz do abajur faz sombra na tua pilha de livros, que folheei um dia e quis pedir emprestado mesmo sabendo que não havia intimidade para pedidos. Por razões que desconheço, nossas aproximações foram sempre pela metade. Interrompidas. Um passo para a frente e cem para trás. Retrocessos. Descaminhos. Procuro sinais de algum amor teu. Vestígios de noites passadas. Tu não me vês, estou incógnita a te observar. Como sempre estive, olhando pelas janelas, de longe, coração apertado. Nós poderíamos ser amigos e trocar confidências. Assistiríamos a filmes, taça de vinho nas mãos, e tu me detalharias as tuas paixões e desatinos. Nós poderíamos ser amantes que bebem champanhe pela manhã aos beijos num hotel. Caminharíamos, e eu te olharia atenta, numa tentativa indisfarçável de gravar o momento e guardá-lo comigo até o fim dos meus dias. Ou poderíamos ser apenas o que somos, duas pessoas com uma ligação estranha, sutilezas e asperezas subentendidas, possibilidades de surpresas boas. Ou não. Difícil saber. Bato minhas asas em retirada. Tu dormes, e nos teus sonhos mais secretos, não posso entrar. Embora queira. À distância, permaneço te contemplando. E me pergunto se, quem sabe um dia, na hora certa, nosso encontro pode acontecer inteiro. Porque tu és o único que habita a minha solidão.

Toque minha alma

sábado, 30 de outubro de 2010


Quero um homem 
que toque minha alma, 
que entre pelos meus olhos 
e invada meus sonhos. 
Quero que me possua inteira, 
corpo e alma, 
fazendo dos meus desejos 
breves segundos de êxtase 
o prazer do encontro total. 
Quero sentir seus braços longos 
envolvendo meu abraço, 
seus lábios mudos 
calando o meu silêncio 
sem precisar nada dizer... 
apenas me olhando 
com olhos negros e úmidos 
e me tomando devagar, 
como o mar avança na praia, 
como eu sei que tem que ser 
e sei que um dia será.

Cláudia Marczak


Decisão

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Tudo sempre igual, todo ano, o ano todo. A página está em branco, eu fico um tempo pensando, tentando fazer minha mais intima retrospectiva. Lembro de pessoas, lembro de fatos, lembro que não esqueci tudo o que precisava e descubro que muitas coisas eu sequer me lembrava. Não há por onde começar. As palavras não soltam de mim, não carregam desejos de paz e prosperidade àqueles com quem eu quero tanto falar. Não há obrigados despencando por entre os nomes daqueles a quem eu quero tanto agradecer. Há um silêncio que rodeia e se abriga em mim própria. (Como assim?) Não vejo a necessidade de contar minhas promessas não cumpridas, turvos pontos de vista e tantas vontades infundadas. As mudanças que ocorreram dentro de mim, à esperança que sem motivo ressurgia, a falta que sem perceber em mim já não doía. Relevâncias e irrelevâncias só minhas. Eu até tento buscar um ponto que me faça reverter o sentimento, afinal sempre foram tantos textos e tantos livros, estrofes de música e tantas frases de efeito. Tudo sem efeito algum. Tenho a sensação que meus 20 anos passaram em rascunho. Eu sei que não foi, mas parece que não sei. Mas saiba que eu sei bem a quem agradecer pela presença e a quem culpar pela ausência. Também sei a quem dei meu melhor abraço e quem de mim recebeu o melhor sorriso. Sei quem estava comigo enquanto eu chorava e o quanto de lágrima que comigo sozinha estava. Conheço o senhor das minhas melhores palavras, e por quem vem minha risada incontida. Quando da minha dúvida e quando da certeza eu sei quem estava aqui. Eu sei quem me fez o melhor pedido e quem me deu uma grande oportunidade. Meu amor incondicional, eu sei. Eu sei quem eu tanto achei que amei. De quem eu sinto falta e quanta falta me faz sentir, eu sei também. Eu sei que eu não fiquei menos racional, mas deveria. Não fiquei tão corajosa quanto gostaria. Toda a memória ficou registrada em mim ai eu resolvi não escrever para ninguém, por falta de palavras... Quantas palavras!

Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.