72 horas por dia

terça-feira, 22 de janeiro de 2013


Não sei qual a parte do teu corpo define teu humor, no meu, quem dita às regras é o estômago. Dias, noites, séculos de apertos, dores, ansiedades e calafrios. Este, sem dúvidas, é meu órgão mais sofredor. 
Ter maturidade, consistência ou as palavras certas o tempo todo, sem dúvidas, é uma coisa que poucos conseguem. O problema que isso, é o que esperam de mim. Setenta e duas horas por dia. 
É extremamente complicado aparentar ser, um ser perfeito. Sem problemas, sem conflitos, sem ilusões, com esperanças, extremamente feliz, incansável, dotado das palavras certas na ponta da língua, com a solução para todos os problemas sempre na manga. 
A vontade que dá, é de apagar tudo. Tudo que eu já disse que sou, tudo que eu mostrei, tudo que acharam ou pensam de mim. Apagar. Começar do zero, um eu novo, uma história nova, uma vida limpinha, em branco, feito caderno novo e lápis com a ponta ainda da fábrica. 

- Matheus Rocha

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