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Faz falta um corpo

quarta-feira, 12 de junho de 2013


"Quero fazer uma homenagem aos excluídos emocionais, os que vivem sem alguém para telefonar no final do dia, os que vivem sem alguém com quem enroscar os pés embaixo do cobertor. São igualmente famintos, carentes de um toque no cabelo, de um olhar admirado, de um beijo longo, sem pressa pra acabar.
A maioria deles são solteiros, os sem-namorado. Os que não têm com quem dividir a conta, não têm com quem dividir os problemas, com quem viajar no final de semana. É impossível ser feliz sozinho? Não, é muito possível, se isso é um desejo genuíno, uma vontade real, uma escolha. Mas se é uma fatalidade ao avesso – o amor esqueceu de acontecer – aí não tem jeito: faz falta um ombro, faz falta um corpo. (...)
A boa notícia: você não é um sem-trabalho, sem-estudo e sem-comida – é apenas um sem-paixão. Sua exclusão pode ser temporária, não precisa ser fatal. Menos ponderação, menos acomodação, e olha só você atualizando sua carteirinha. O clube segue de portas abertas."

Martha Medeiros, em: Coisas da vida

Feito um balão

sábado, 11 de maio de 2013

Há dias que venho aqui, abro a página, encaro ela por alguns minutos e nada sai. Desisto de escrever. Carrego a impressão de que sempre me perco nas palavras. A ideia era bacana no começo, mas agora começou a me incomodar. Por que? Eu escrevo sempre sobre as mesmas coisas. Tanto indiretamente como diretamente. 

Os pensamentos ainda são os mesmos, um pouco disfarçados, um pouco mais coloridos. Meus dedos apenas seguem pressionando as teclas, colocando no fundo branco as letras que formam palavras pesadas que deixam tudo subentendido. Sinto essa audácia de contar, secretamente, o que há de errado comigo. Com a esperança de que alguém compreenda que não é fácil carregar tanto peso no coração quando sentimos demais.
Eu sou pequena, não consigo carregar mais do que os meus bracinhos conseguem aguentar. Imagine só meu coração, que de vez em quando infla feito um balão e me deixa na beira da morte com cada emoção. Elas trazem uma dor de cabeça nível bomba atômica que é tão inconveniente que tem o poder de testar a minha tolerância diante dos conflitos. As pessoas são estranhas quando estão com problemas. 
Eu sei que tem algo me incomodando e também sei que esse algo não tem nome. Também queria saber se esse algo vai ficar por muito tempo porque, ultimamente, venho sendo espancada por uma sensação de que não estou pronta para nada. 
O estranho é eu estar feliz e sorridente ao observar o mundo. Não é uma escolha própria, nem uma armadilha do destino. Me tornei o que eu sempre temia. Me tornei o tipo de pessoa que finge que nada acontece e que continua seguindo com passos rápidos. Eu assisto a cena enquanto ela acontece de uma maneira da qual eu nunca pude sequer imaginar. 
Torço para que ninguém pergunte qual é o meu problema porque eu não saberia o que responder. Apesar de tudo, serei sempre aquela que se revira por dentro até achar uma solução. Sinceramente, prefiro assim. Viver do avesso sem ninguém se metendo no que eu sinto ou deixo de sentir. Não quero ninguém tentando decifrar o que se passa na minha cabeça, pois sempre foi perceptível o quanto eu preciso de espaço, o quanto eu preciso estar dentro da minha própria bolha. Nunca serei capaz de controlar minhas reações, nem minhas emoções.
A vida não é simples e eu não espero que ela seja. Nunca antes da história dela eu me deparei com coisas que pudessem cruzar meu caminho e me manter indiferente por tanto tempo. A verdade é que eu sempre vou me sentir incomodada quando as coisas funcionam em perfeita ordem. Elas significam problemas.

Yasmin Back


72 horas por dia

terça-feira, 22 de janeiro de 2013


Não sei qual a parte do teu corpo define teu humor, no meu, quem dita às regras é o estômago. Dias, noites, séculos de apertos, dores, ansiedades e calafrios. Este, sem dúvidas, é meu órgão mais sofredor. 
Ter maturidade, consistência ou as palavras certas o tempo todo, sem dúvidas, é uma coisa que poucos conseguem. O problema que isso, é o que esperam de mim. Setenta e duas horas por dia. 
É extremamente complicado aparentar ser, um ser perfeito. Sem problemas, sem conflitos, sem ilusões, com esperanças, extremamente feliz, incansável, dotado das palavras certas na ponta da língua, com a solução para todos os problemas sempre na manga. 
A vontade que dá, é de apagar tudo. Tudo que eu já disse que sou, tudo que eu mostrei, tudo que acharam ou pensam de mim. Apagar. Começar do zero, um eu novo, uma história nova, uma vida limpinha, em branco, feito caderno novo e lápis com a ponta ainda da fábrica. 

- Matheus Rocha

Pensamentos que gritam

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Teus sinais me confundem da cabeça aos pés, mas por dentro eu te devoro. 
-Djavan 

Não sei como definir os problemas que resolvemos deixar pra trás. Vidas que se cruzam, talvez seja destino. Um momento que se congela, uma saudade que machuca o peito. São pensamentos que gritam num silêncio que diz tudo. E te reencontro, e te sorrio, e te beijo a boca mais uma vez. Olho-te nos olhos, olho novamente, sinto um carinho demorado. Observo, escuto, e fico confusa. Atos e situações contradizem algumas palavras. Minha alma pede a tua numa espera que durará mais do que deveria. Resolvi deixar o orgulho no passado e esperar o destino me guiar.

Cada segundo mais longe

sábado, 14 de abril de 2012


“Alguns estão aqui para lembrar. Alguns estão aqui para se esquecer.” 

Depois de tantos meses vazios eu queria ao menos um abraço. O tempo passando, e você cada vez mais longe, mais distraído, mais frio. E eu, sentindo nem mais nem menos. Assustada apenas. Eu já sabia que um dia isso aconteceria. Eu me sinto muito mal com tudo isso. Tenho vontades de você o tempo todo, e nem te ver todos os dias é mais possível. Estou triste. Muito triste. Às vezes a vontade que tenho é de sumir. Sumir e pensar que essa é a verdadeira justificativa para o que vem acontecendo. Mas essa não é a solução. Sei que onde quer que eu vá os problemas sempre irão comigo. Eu continuo aqui, mas o dia em que você vai me abandonar parece já estar perto. Eu sinto isso. 

Bagunça

sábado, 7 de maio de 2011


Minha vida está uma bagunça. A começar pelo o meu quarto. Portas de um armário se abrem. Uma avalanche de roupas. Nada dobrado, completamente amassadas. Cabides despencando. Desvio o olhar pro lado. Uma cadeira, se fazendo torre de tanta coisa amontoada. Livros para um lado, sacolas pra outro. Ah! sem contar  os sapatos espalhados por todos os cantos. O computador? Ah, esse nem se fala. Como se já não bastassem os seus problemas de memória, uma zona. Fotos, mais fotos, mais fotos. Infinitas pastas. músicas que não ouço mais, e outras que nem sabia que existiam. Não consigo mais tempo nem pra mim. Depilação, unhas, cabelo, pele. Corpo. Tudo pra escanteio. Acompanhando seu ritmo devido à necessidade e feito às pressas. Nada com seu tempo dedicado. Nossa, quanta bagunça! Talvez pense que sou desorganizada. Não! Eu não sou. Odeio bagunça. Antes material, mas tem sido também sentimental. Minha cabeça gira sem direção. Confusa. Não sei pra onde vou, com quem. O que quero e o que não quero. Uma ciranda ágil e insana. O relógio num tic-tac frenético. Sonhos, enfraquecidos. Sofrendo de pouca esperança. Futuro? Só penso naquele daqui a meia hora. O prolongado, é um sonho que já está mais pra pesadelo. E se alguém me perguntar como estou? Bem. É mentira! Estou levando essa bagunça adiante. Tentando desfazê-la.

Eu só quero...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010


É viver, esquecer os problemas, ou boa parte deles. Sorrir sem ter motivo, estar perto de quem eu amo, errar, acertar, aprender, criar, me divertir. Sonhar, realizar, desejar, cuidar, ter carinho, dar carinho, se doar. Ter amigos de verdade, falar bobeira, ouvir a mesma música sem parar, rir lembrando o passado e não chorar pelo que passou. Quero não ter medo, quero ser livre. Viver feliz, curtir as pequenas coisas da vida. Lamentar pelo que realmente importa ou nem lamentar, já não se pode mudar tudo. Ouvir o que mereço ouvir, quero fazer acontecer, quero cuidar de mim. Só apenas seguir meu destino de queixo erguido, de peito aberto. Sendo eu mesma sem me importar com que os outros pensam, sem me importar com o que os outros falam. Afinal, os outros, são sós os outros.

Leve-me embora...suplico

segunda-feira, 12 de julho de 2010


O que se dizer a alguém, quando não se pode dizer que vai ficar tudo bem, porque realmente não vai ficar?
O que fazer quando temos que nos levantar, sem uma base pra nos ajudar?
O que fazer?
Encarar. Encarar a vida, encarar os problemas e aceitar que nem sempre tudo vai ser feliz. Sorrir, mesmo que seja um sorriso triste pra conseguir continuar.
Lembrar que sempre temos alguém que nos ama e que nos quer bem, e que sempre vai estar ao nosso lado, mesmo sabendo que o tempo ruim não irá passar.

Fases ruins vem e vão, quando chegar a sua, se pergunte se você é mesmo a única pessoa com uma dor no coração.
Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.