Mostrando postagens com marcador bizarro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador bizarro. Mostrar todas as postagens

Curiosidades: Colecionador de peles tatuadas

sábado, 6 de abril de 2013




Dr. Masaichi Fukushi foi um médico patologista nascido em 1878 que, devido a seu estudo a respeito de sinais (como verrugas e manchas) na pele humana, em 1907, acabou se interessando pela tatuagem ao descobrir que era possível comparar com mais facilidade o movimento do pigmento dos sinais por meio do estudo do movimento do pigmento aplicado em peles tatuadas. Ele descobriu ainda que a pele penetrada por agulhas evitava a recorrência da sífilis em peles recentemente tatuadas – o que aumentou ainda mais seu interesse pela arte da tatuagem.
Em 1920, o Dr. Fukushi aceitou um cargo no Mitsui Memorial Hospital, no centro de Tóquio, onde teve contato com diversas pessoas tatuadas nos moldes japoneses tradicionais. O hospital Mitsui era uma instituição de caridade que atendia as classes mais baixas e, a medida que os tatuados faleciam, por doença ou velhice, Fukushi realizava as autópsias e preservava suas peles. Após ter passado um tempo na Alemanha, o médico retornou ao Japão, indo trabalhar na Nippon Medical University, na qual continuou a pesquisar sobre pigmentos na pele e o crescimento congênito de sinais e verrugas, voltando, então, a estudar peles tatuadas.
Na universidade, ele desenvolveu um método de tratamento e preservação especificamente da camada dermal que continha a tatuagem, podendo esticá-las e colocá-las em molduras sobrepostas com vidros, possibilitando que pesquisas médicas posteriores também pudessem ser feitas.
O projeto de Fukushi teve total cooperação dos tatuados, com quem mantinha boas relações e dividia o pesar de que trabalhos feitos tão meticulosamente fossem perdidos com a morte de quem os carregava. O médico até chegou a ajudar financeiramente aqueles que não tinham condições de terminarem suas tatuagens, pagando para completarem seus fechamentos! Em troca, ele tinha o direito de obter a pele do indivíduo depois que morresse – uma cobrança irrisória, já que muitos tatuados estavam dispostos a doar suas peles de bom grado e fariam qualquer coisa para não ter de lidar com a desgraça e humilhação de viver com uma tatuagem incompleta! Com sua atitude, Fukushi se tornou extremamente respeitado e admirado entre os grandes mestres japoneses da tatuagem, sendo convidado, inclusive, para ser jurado em convenções.
Nos anos de 1927 e 1928, Masaichi Fukushi dedicou-se à divulgação de seu trabalho pelo ocidente, oferecendo cursos e palestras sobre pigmentação, bem como sobre a história e o processo da tatuagem japonesa. Durante suas viagens, um caso desafortunado aconteceu em 1928, na cidade de Chicago, nos E.U.A.: um dos caminhões contendo quadros de peles tatuadas pertencentes ao médico foi roubado e nunca mais visto novamente, apesar de se ter oferecido uma generosa recompensa para quem devolvesse os artefatos levados.
Ao longo de sua vida, o doutor catalogou mais de 2000 desenhos, juntamente com informações detalhadas sobre os “donos” das tatuagens e suas peles, além de ter colecionado mais de 3000 fotos. Infelizmente, a maior parte de suas documentações foram destruídas em 1945, durante o bombardeio de Tóquio na Segunda Guerra Mundial, que deixou os prédios da universidade em ruínas. Contudo, os espécimes de pele estavam guardados em outro lugar, permanecendo intactos.
Nos anos 1940 e 1950, as pesquisas de Fukushi e a tatuagem japonesa chegaram até a aparecer em artigos de revistas e jornais, incluindo duas edições da revista americana Life, uma de 11 de março de 1946 e outra de 3 de abril de 1950! (Cliquem nas respectivas datas para conferir as edições, disponibilizadas no Google Books; as matérias estão na seção “Speaking of pictures…”, na página 12.)
A custódia da coleção de peles tatuadas do médico passou para as mãos de seu filho, Katsunari Fukushi, que, tendo visitado vários estúdios com seu pai quando era apenas um garoto, acabou por seguir seus passos, tornando-se um patologista que se dedicou a estudar o câncer e um amante da arte da tatuagem japonesa. Ele chegou também a preservar guardar peles tatuadas, adicionando mais de vinte exemplares à coleção. Curiosamente, pai e filho não chegaram a fazer tatuagens em si.
Katsunari escreveu e publicou diversos artigos sobre o tema, além de capítulos para os livros “Japanese Tattooing Colour Illustrated” (1972) e “Horiyoshi’s World”(1983), nos quais descreve o trabalho de seu pai e sua paixão pela arte na pele. Também na publicação “Tattoo Time Vol. 4 – Life & Death Tattoos” (número 1, 1987), produzido e editado por Don Ed Hardy, há um excelente artigo de Katsunari intitulado “Remains to be seen” (numa tradução literal, “Restos/Relíquias para serem vistos/as”).
Acredita-se que a Universidade de Tóquio tem 105 quadros contendo as peles tatuadas, sendo boa parte deles fechamentos de corpo inteiro! O departamento médico da universidade não é aberto ao público, mas eventualmente são permitidos agendamentos, de médicos e pesquisadores, para visitar a exposição.


Extremos são desequilíbrios

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

"Acho que é mais introspecção meio sério pensando...! Um rosto sorridente pra quê? Pra mostrar o que pra quem? Quem disse que um sorriso vale mais que uma lagrima? Um rosto sempre sorridente provavelmente camufla uma alma vazia, tão desesperado como quem anda gritando, um sorriso pode ser por aparência, é passageiro assim como o desespero de uma crise de choro, onde encontrar sustância e profundidade num mundo tão bizarro , existencial a vida pode ate ser fácil para alguns não sei dizer desconfio dessa historia se for , você pode ficar na sua zona de conforto sem se arriscar numa vida superficial e fútil, pode também tentar mudar alguma coisa sem saber se vai conseguir e tentar mentir para si mesmo e dizer que é forte pra poder seguir em frente pois o mundo não espera, a vida não te prepara e as coisas não acontecem, não hora certa, do jeito certo como alguns espíritas acreditam, em algumas etapas a vida exige isso e se você não esta preparado a vida continua ao seu redor e seus mecanismos de enfrentamento da realidade não batem, pode, quando talvez não o seja e ter coragem para persistir nesse propósito e depois perceber que isso sim é ser forte, força não se mede por comparação com os outros você não precisa ser mais nem melhor que ninguém coisas simples para outras pessoas pode ser uma grande conquista para você, acho que por isso e por outras razões me fechei, sido sim num meu mundinho meio autista porque temer a solidão sou algum monstro tenho q viver fugindo da minha própria sombra uma força maior que a sua própria para erguer a cabeça e seguir suas próprias determinações não porque estava escrito nas estrelas ou por influencia dos Deuses mais porque determinei que seria assim... Como aquele que roubou o fogo dos céus e tem seu coração eternamente roído por abutres na lenda, não há o bem sem o mal e não há o céu sem inferno porque os extremos são desequilíbrios e quem busca extremos vai viver sempre oscilando."



Coberta por suspiros

quarta-feira, 25 de abril de 2012


“É bizarro o efeito da ausência. Bizarro mesmo...” 
-@harianamk 

Acordei intensamente coberta por suspiros. Eu não dormia, mas era tudo tão real. Eu te sentia. Sentia teu toque em cada detalhe. Degustava teu sabor. Abraçava-me tão forte que me sentia esmagada de desejos. Tudo tão íntimo e tão sagaz que me despenteava a alma. Teu corpo sobre o meu. A pele arrepiada. Completamente envolvida. Era tudo tão aconchegante que me perdi entre beijos e caricias. Perdida ali não me acharia pelo resto da noite envolta a teus braços. Porque mesmo longe... A sensação era de ter-te me tocando e beijando. Então, acordo! Percebo que não sonhava, foi tão real que teu cheiro invadiu meu quarto. 


Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.