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Sonho

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Slow motion e vejo bocas se movendo. Sorrisos, palavras, que não compreendo, não ouço. Tamanhos e formas diferentes, inéditas. Lentamente as feições de seus rostos começam a aparecer. Largos, intrusos, tímidos e arrogantes. As mãos se movem como que puxando um cordão. Chamam-me. Sorrisos, palavras, que não compreendo. Um fundo coberto por uma fina névoa os envolve e não tenho certeza se eles tocam o chão com os pés. Seus olhares me intimidam, me chamam, me obrigam. Será que sou eu que me movo? Sinto que me aproximo deles, como se um violento jato de ar me empurrasse. Cambaleio e quase caio. Suas mãos me amparam e formamos um circulo. Do outro lado vejo um sorriso, puro e angelical, que me faz feliz. Cabelos se emaranham no movimento. Olho para as mãos que me seguram, mas não posso ver seus braços, pois uma espessa camada de névoa parece envolvê-los. Vejo sua cabeça. Cada passo para o lado é um salto no espaço e nunca tenho a certeza se voltarei a Terra novamente. Giramos. O ritmo parece acelerado, mais e mais, a cada rodada. Meus braços estão sendo esticados e o movimento me deixa tonta. Rápido, muito rápido. Não vejo mais silhuetas, nem sorrisos ou cabelos, apenas manchas que parecem desenho de lápis aquarela depois de uma severa pincelada de água. Olho para as minhas mãos e elas estão sozinhas. Começo a escutar. Cochichos, murmúrios, risadas. De quem são essas vozes? Estão por todos os lados e ouço uma forte gargalhada bem atrás de mim. Viro-me para tentar surpreendê-la e então meu corpo é sugado pelo vácuo. Talvez o vácuo do Universo. Silencio absoluto. Meu corpo esta molhado, sinto-me coberta por um plasma. Não vejo, não ouço. Não sei mais se o que sinto na cabeça é o mesmo que sinto nos pés. 

Adaptei do livro Cartas ao cão – Tatiana Busto Garcia

Me levar pra esse teu sonho

quarta-feira, 23 de novembro de 2011



Acordei gritando. Era meu coração que caíra de grandes alturas. Caiu numa realidade desconhecida. Havia apanhado da minha consciência. Não encontrou um refúgio. Pela primeira vez acordei e não soube qual realidade era aquela. Nos primeiros momentos pensei que a colisão tinha sido muito grande, mas a intensidade da dor que sentia, não me deixava saber o que isso significava. Na verdade não acordara, apenas sonhava e num deslize deixei-o cai-lo e me vi completamente frágil, perdida, dispensada. Nunca fui frágil, perdida em pensamentos eu sempre estou. Dispensada (pelo o homem que me impera,meu por-do-sol)... me sentir um nada, completamente fora de mim. Dói tanto, sei que em ti essa sensação, esse não-furto, tem apunhalado-o. Não fui digna. Mas, eu quero dormir, sonhar esse sonho novamente, só que desta vez, peço-te que não me deixe dúvidas, e saibas quem realmente sou. Ouvir que enganou-se, isso realmente me machucou. Porque foi (é) sincero, digno, e muito do bem declarado. Me adormeço agora, até você se decidir qual a verdadeira realidade e me ensinar a sonhar à sua maneira. Me levar pra esse teu sonho e me trancafia ai dentro.

E acontece tudo outra vez

sábado, 15 de janeiro de 2011


As relações a dois são muito mais complexas do que agente julga. Não pense que basta amar perdidamente uma pessoa, fazer tudo por ela e ter uma vida sexual razoável. Um homem e uma mulher não estão apenas ligados por um laço sentimental, mas também por um elo de harmonia, confiança, amizade, carinho, desejo e respeito mútuo. Trata-se de uma receita que nem todos conseguem levar avante, até porque manter uma relação deste gênero eternamente começa a ser quase uma utopia. Foi o que eu pensei... evidenciar-se pequenos sinais que podem traduzir alguns problemas, ainda que invisíveis de início, mas que mais tarde marcam o final desse relacionamento.

O amor, paixão, o relacionamento num todo é assim mesmo. Mesmo agente já tendo quebrado a cara um milhão de vezes, depois de um tempo agente conhece outra pessoa, e acontece tudo outra vez, com mínimos detalhes diferentes, aqueles que nos iludi e faz cair mais uma vez naquele conto de fadas sem fadas.

True or lie?

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009



Tudo começa no fundo branco, de uma cabeça vazia, e ai vem aquelas tradicionais perguntas, O que te faz acreditar em alguém?O que te faz achar que o que uma pessoa parece te mostrar possa ser real?Creio que a maioria das coisas acaba sendo influência de pensamentos, de coisas, boas ou ruins, de momentos, mas se for pensar bem, Quem é normal?Quem não mente?O que é real, racional ou imoral? O que você faz acaba não sendo o que você queria fazer, e o que você ouve é exatamente o que queria ouvir, porém tudo pode ser acreditável, toda mentira pode ser bem contada, mas os olhos nunca vão mentir, a duvida corrói, a verdade dói, e a mentira te destrói, mas o caminho é lento, tudo tem volta, ainda é só o começo, pra bater com a cara no chão é preciso se jogar e se não doer bastante na primeira, cair no chão se torna rotina; Para tudo se tem uma chance e duas alternativas, de uma escolhida, o que resta é segurar a conseqüência. 


Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.