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Sonho

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Slow motion e vejo bocas se movendo. Sorrisos, palavras, que não compreendo, não ouço. Tamanhos e formas diferentes, inéditas. Lentamente as feições de seus rostos começam a aparecer. Largos, intrusos, tímidos e arrogantes. As mãos se movem como que puxando um cordão. Chamam-me. Sorrisos, palavras, que não compreendo. Um fundo coberto por uma fina névoa os envolve e não tenho certeza se eles tocam o chão com os pés. Seus olhares me intimidam, me chamam, me obrigam. Será que sou eu que me movo? Sinto que me aproximo deles, como se um violento jato de ar me empurrasse. Cambaleio e quase caio. Suas mãos me amparam e formamos um circulo. Do outro lado vejo um sorriso, puro e angelical, que me faz feliz. Cabelos se emaranham no movimento. Olho para as mãos que me seguram, mas não posso ver seus braços, pois uma espessa camada de névoa parece envolvê-los. Vejo sua cabeça. Cada passo para o lado é um salto no espaço e nunca tenho a certeza se voltarei a Terra novamente. Giramos. O ritmo parece acelerado, mais e mais, a cada rodada. Meus braços estão sendo esticados e o movimento me deixa tonta. Rápido, muito rápido. Não vejo mais silhuetas, nem sorrisos ou cabelos, apenas manchas que parecem desenho de lápis aquarela depois de uma severa pincelada de água. Olho para as minhas mãos e elas estão sozinhas. Começo a escutar. Cochichos, murmúrios, risadas. De quem são essas vozes? Estão por todos os lados e ouço uma forte gargalhada bem atrás de mim. Viro-me para tentar surpreendê-la e então meu corpo é sugado pelo vácuo. Talvez o vácuo do Universo. Silencio absoluto. Meu corpo esta molhado, sinto-me coberta por um plasma. Não vejo, não ouço. Não sei mais se o que sinto na cabeça é o mesmo que sinto nos pés. 

Adaptei do livro Cartas ao cão – Tatiana Busto Garcia

Ainda não é a hora

segunda-feira, 16 de abril de 2012


A vida é feita de momentos. Momentos esses que podem te levar às alturas com a mesma velocidade que te deixam no chão. 
- É Princesa com que classe você tem enfrentado isso tudo? Complicado pra se responder... Ao achar que está bem, oscila e se afunda num mar de sentimentos tristes. Então, eis que ressurge saltitante... Como entender? Erga a cabeça menina, vai mesmo deixar a coroa cair?
- Não! Ainda não. Eu não mordo meu bem... Mas tiro pedaço. Meu orgulho ainda é maior. Faz-me ter forças. Aqui sou eu quem dá as regras... E se o jogo não virar saberei colocar minhas cartas na mesa. Porém, decidi que ainda ainda não é a hora.

Ciclos

sexta-feira, 1 de julho de 2011


Enquanto não encerramos um capítulo, não podemos partir para o próximo. Por isso, é tão importante deixar certas coisas irem embora, soltar, desprender-se. As pessoas precisam entender que ninguém está jogando com cartas marcadas, às vezes ganhamos e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

Fernando Pessoa

Engraçado! Sei que tenho que deixar de ser quem era, mas não consigo. Algo me impede. É como uma barreira invisível. Está ali, mas não consigo ver o que é. Estranho! Muito estranho. Uma coragem que penso ter, mas no momento me falta. Vida estranha essa que vivo. Tantos sonhos. Muitos não terminados, outros ainda nem começados. Pra que servem os sonhos, se afinal eles não passam de ficção? Terrível. Doí tanto. O que está por dentro, o que envolve nossa mente, nosso coração é tão frágil. Quando magoados, são mais difíceis de serem curados do que um machucado externo, corporal. Talvez seja essa razão pela qual o apego ao passado é tão forte. Não é fácil mandar embora o que foi importante. Não é mesmo!

Não se preocupe mais

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

…com tanta bobagem, apenas viva. Quem te merece não te faz chorar, se for chorar que seja de felicidade. Não se preocupe tanto assim com o que dizem de você, o único que te conhece como ninguém é você mesmo. De valor a quem te ama, guarde as cartas de amor, jogue fora as ofensas. Viva cada dia como se fosse o último, não tente entender o mundo nem as pessoas, é perda de tempo. Apenas viva e sorria, permita que a felicidade entre na sua vida, e não deixe que ela vá embora.

Carta aberta escrita pelo Dinho aos fãs

sábado, 7 de novembro de 2009


O vocalista do grupo Capital Inicial Dinho Ouro Preto, sofreu um grave acidente ao cair de uma passarela ligada ao palco em um show que ele apresentava na cidade de Patos de Minas, Minas Gerais.
Dinho sofreu traumatismo craniano, quebrou três costelas, trincou seis vertebras, levou cinco pontos no queixo, machucou os rins, cabeça e dentes, como descreve na carta abaixo. Isso tudo após cair de uma altura de 3 metros, e ser amparado por fãs que prestigiavam o show.
Confira abaixo a carta ------------------------------------>

Carta aberta escrita pelo Dinho aos fãs

4 de novembro

“Caros amigos, em primeiro lugar, agradeço a consternação e preocupação pelo meu estado de saúde.
Gostaria de dizer que todo dia me sinto um pouco melhor, no entanto, estou na UTI e continuarei aqui até sábado em observação.
O que aconteceu foi grave, mas tenho plena consciência de que poderia ter sido muito pior. Cai de um palco de 3 metros de altura e só não morri porque fui amparado pelos fãs. Voluntariamente ou não.
Quebrei três costelas, trinquei seis vertebras, levei cinco pontos no queixo, machuquei meus rins, minha cabeça e meus dentes.
Tenho dificuldade de me concentrar, de abrir os olhos – a luz me incomoda. Portanto, nao posso receber visitas de todos que comparecem ao hospital.
Por fim, quero reiterar o agradecimento à solidariedade e às mensagens que vêm dos quatro cantos do País.
Isso não pára de me lembrar qual o propósito da minha vida: nossos fãs.
Muito obrigado,
Amo vocês e estarei logo melhor
Pensamento positivo!

Dinho”

Para mais informações no site http://www.dinhoouropreto.com.br/
Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.