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Salve amor!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013


Salve o amor. Aquele de conchinha e barba na nuca, que pode durar pra sempre ou só até amanhã. Aquele amor sem medo, sem freio, que ama e pronto. Salve o amor que a gente dá e pega de volta outra hora, outro dia, com outra pessoa. Aquele aconchego facinho que não posa, não se esforça, não finge. Salve o amor-próprio, que resolve a vida de muitos, o amor das amigas, que aguenta, arrasta e levanta. Salve o amor na pista, que roça, se esfrega, se joga e vai embora. Um amor só pra hoje, sem pacote pra presente, sem laço ou dedicatória. Salve o primeiro amor, que rasgou, perfurou, corroeu... ensinou. Salve o amor selvagem, o amor soltinho, o amor amarradinho. Salve o amor da madrugada, sincero enquanto dure e infinito posto que é chama. Salve o amor nu, despido de inverdades e traquitanas eletrônicas. Salve o amor de dois a dez, um amor sem vergonha, sem legenda. Salve o amor eterno, preenchido de muitos ardores. Salve o amor gigante, mas sem palavras, o rotativo e o escrito, salve o amor rimado, cego, de quatro. Salve o amor safado, sincero e sincopado, o amor turrão e o encaixado.


Me enfeitice a cada adormecer

segunda-feira, 9 de maio de 2011


Sim! Eu sou sozinha. Não saio muito. Isso não quer dizer que eu não goste de sair. Simplesmente moro numa cidade onde não vejo lugares interessantes para ir. Então, prefiro ficar em casa, e assistir a um bom filme, ou ficar como frequente na frente da tela do computador. Passo infinitas horas mergulhada em música, fotografia e blogs. Solidão é constante. E quer saber? Muitas vezes aconchegante. Silêncio. Concentração. Tudo no seu mais perfeito segundo. Eu me acostumei a isso. Acomodei cada momento, não me importando com os demais. Mesmo querendo mudanças, eu só troco essa sensação por a companhia de alguém que me faça rir do nada. Que me enfeitice a cada adormecer. E me adoce a cada acordar. Que brilhe meu olhar. Que me faça teimar com minha teimosia. Quebrar meu orgulho. Me dominar, domar essa minha personalidade ácida. Amar, amar, amar. Que me respeite, e mereça reciprocidade. E que não me dê afetos falsos. Se não forem verdadeiros, que nem insista em me incomodar. Fico bem sozinha. Apesar de não querer estar.

Um barco e um amor

quinta-feira, 25 de novembro de 2010


Afinal, o que querem os homens?
Os sentimentos do sexo oposto são tão contraditórios quanto os nossos, mas ao contrário da gente, eles não pensam, elas fazem. Merda ou não, eles sempre fazem. Outra coisa que sempre me chamou atenção foi a necessidade de proteção, que talvez, tenham herdado dos nossos antepassados, algo a ver com o instinto de animal de”macho alfa”. Aí me vem uma e outra “femêa” se fazendo de indefesa. De idiota. E funciona. Que merda!
E então, como proceder?
Se você corre atrás você é chata e melosa. Se você tenta parecer que está nem aí você é seca. E é quando você pula do barco que eles percebem que não conseguem fazer sozinhos. O problema é que a coragem de pular do barco nunca é forte o suficiente para se tornar uma atitude. Ai começamos a remar, devagar, cada vez mais devagar e em uma hora ou outra quem sente coragem de tomar a atitude de pular fora é ele.
Fingimos a existência de um motor invisível (o tal do orgulho), e continuamos lá, fingindo que está tudo bem e que nada aconteceu. Essa é a nossa fase durona, em que frases prontas nos servem de consolo.
Chega uma hora que a gasolina desse tal motor acaba, e voltamos para a estaca zero. Sozinhas em um oceano de peixes. Todos fora do barco. Ainda sentimos aquele medo de pular, a esperança em forma de nostalgia ainda ocupa o lugar vazio, e faz com que rememos sempre para trás.
Tem uma hora na nossa vida que precisamos ficar paradas no barco. Sem remar para frente ou para trás. Sozinhas com o sol, vento e silêncio. Pra perceber certas coisas e deixar outras definitivamente para trás. Buscar nossa bússola interior, e mudar totalmente de direção.
Para o infinito e eterno além.
(Depois dos quinze)

Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.