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Curiosidades; A fadiga da informação

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Há uma nova doença no mundo: a fadiga da informação. Antes mesmo da internet, o problema já era sério, tantos e tão velozes eram os meios de informação existentes, trafegando nas asas da eletrônica, da informática, dos satélites. A internet levou o processo ao apogeu, criando a nova espécie dos internautas e estourando os limites da capacidade humana de assimilar os conhecimentos e os acontecimentos deste mundo. Pois os instrumentos de comunicação se multiplicaram, mas o potencial de captação do homem – do ponto de vista físico, mental e psicológico – continua restrito. Então, diante do bombardeio crescente de informações, a reação de muitos tende a tornar-se doentia: ficam estressados, perturbam-se e perdem em eficiência no trabalho.
Já não se trata de imaginar que esse fenômeno possa ocorrer. Na verdade, a síndrome 
da fadiga da informação está em plena evidência, conforme pesquisa que acaba de ser feita, nos Estados Unidos, na Inglaterra e em outros países, junto a 1.300 executivos. Entre os sintomas da doença, apontam-se a paralisia da capacidade analítica, o aumento das ansiedades e das dúvidas, a inclinação para decisões equivocadas e até levianas.
Nada avançou tanto no mundo como as comunicações. Pouco durou, historicamente, para que saíssemos do isolamento para a informação globalizada e instantânea. Essa revolução teria inegavelmente de gerar, ao lado dos efeitos mágicos e benfazejos, aqueles que provocam respostas de perplexidade no ânimo público e das pessoas em particular. Choques comportamentais e culturais surgem como subprodutos menos estimáveis desse impacto modernizador, talvez por excessiva celeridade no desenrolar de sua evolução.
Curiosamente, a sobrecarga de informações pode redundar em desinformação. 
Recebíamos antes a notícia do dia e podíamos ruminá-la durante horas. Hoje temos a notícia renovada e modificada a cada segundo, acompanhando em tempo real o desdobramento dos fatos e das decisões, o que rapidamente envelhece a informação transmitida e nos deixa sem saber, afinal, qual a versão mais próxima da realidade do momento. As agências noticiosas não dispõem de tempo para maturar o seu material, há que lançá-lo logo ao consumo – mesmo sob o risco de uma divulgação incompleta ou deformada, avizinhada do boato.
Há 30 anos, o então estreante Caetano Veloso perguntava numa das estrofes de sua famosa canção Alegria, alegria: “Quem lê tanta notícia?”. Presentemente, a oferta de informações, só nas bancas de jornais, deixaria ainda muito mais intrigado o poeta do tropicalismo. Além da televisão aberta, a TV por assinatura põe o telespectador diante da opção de centenas de canais. Há emissoras nacionais e estrangeiras, de rádio e de TV, dedicadas exclusivamente a transmitir notícias. O CD-ROM ampliou consideravelmente a dimensão multimídia do computador. O fax e o correio eletrônico deixaram para trás o telefone, o telegrama e todos os meios de comunicação postal.
A massa de informações gerais ou especializadas contida na imprensa diária exigiria um super-homem para absorvê-la. E, a cada dia, jornais e revistas se enriquecem de suplementos e de encartes pedagógicos e culturais.
É claro que esse processo não vai estancar e muito menos regredir. A informação não poderia estar à margem do mercado competitivo. Não há dúvida, porém, de que precisamos aprender a filtrá-la, a ajustá-la ao nosso metabolismo de público-alvo. 
A eletrônica e a informática estão a nosso serviço, mas não substituem as limitações orgânicas, cerebrais e emocionais do homem. A informação nos faz também sentir as dores do mundo, onde quer que ocorram sob a forma de calamidades, tragédias, adversidades coletivas ou individuais. Ou buscamos um equilibrado “modus vivendi” com as pressões da prodigiosa tecnologia da comunicação, ou o feitiço vira contra o feiticeiro. O oxigênio da informação, sem o qual no passado recente não conseguiríamos respirar, terá de ser bem inalado para não nos ameaçar com a asfixia, o estresse, as neuroses e, quem sabe, o infarto.

- Augusto Marzagão 

Revista da Comunicação. Rio de Janeiro, ano 12, n.º 46, novembro de 1996, p.20-21.

Comunicado

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Olá seguidores,
vim pedir-lhes mil desculpa pela falta de atualização do Suspiro. Meu computador deu problema e está em manutenção. Mas em breve volto a postar.
Espero que compreendam.     

Beijinhos.

Estranho amor

domingo, 12 de junho de 2011


Eu nunca imaginei que pudesse ser assim. Não consigo ficar um dia longe que a saudade é intensa. Apesar de me irritar bastante dormindo em horas importantes, eu entendo que você sofre de memória e não consegue processar tudo que te digo. Fazer o que se foi por ti que me apaixonei. Não conhecia teus defeitos, mas depois das meras apresentações me adaptei a eles. Contudo, você me ouve e entende como ninguém. Está sempre do meu lado, não importa se o momento é bom ou ruim. Está sempre lá me esperando. Talvez ansioso, não sei. É tudo tão platônico. Ao mesmo tempo real. De fato, eu não sei como me seduziu. Não está nas suas mais belas formas, é tão desorganizado, teimoso, age por impulsos, sem contar a sua aparência tão decadente. Nada do que sonhei pra mim. Agente nunca sabe o que o destino nos reserva. Ele têm me reservado você, e por incrível que pareça, estou te aceitando.

Bom, o cara aí citado à cima é o meu fiel computador. E eu desejo a ele um feliz dia dos namorados.
Quanto a foto, meu computador não tem essa aparência. Ele de fato está bem démodé. Mas, a achei  ideal pra esse post que já vinha com a idéia na cabeça desde que e o mês dos namorados começou. 

Me enfeitice a cada adormecer

segunda-feira, 9 de maio de 2011


Sim! Eu sou sozinha. Não saio muito. Isso não quer dizer que eu não goste de sair. Simplesmente moro numa cidade onde não vejo lugares interessantes para ir. Então, prefiro ficar em casa, e assistir a um bom filme, ou ficar como frequente na frente da tela do computador. Passo infinitas horas mergulhada em música, fotografia e blogs. Solidão é constante. E quer saber? Muitas vezes aconchegante. Silêncio. Concentração. Tudo no seu mais perfeito segundo. Eu me acostumei a isso. Acomodei cada momento, não me importando com os demais. Mesmo querendo mudanças, eu só troco essa sensação por a companhia de alguém que me faça rir do nada. Que me enfeitice a cada adormecer. E me adoce a cada acordar. Que brilhe meu olhar. Que me faça teimar com minha teimosia. Quebrar meu orgulho. Me dominar, domar essa minha personalidade ácida. Amar, amar, amar. Que me respeite, e mereça reciprocidade. E que não me dê afetos falsos. Se não forem verdadeiros, que nem insista em me incomodar. Fico bem sozinha. Apesar de não querer estar.

A mídia me deixa paranóica

segunda-feira, 11 de abril de 2011


Uma borboleta bate as asas e um tufão acontece no mundo. Agora, se você é quieto, calado, poucos amigos e fica horas no computador, parabéns: você é o mais novo psicopata do pedaço. Se você conhece uma criança agitada e mentirosa, cuidado: está diante de um futuro assassino calculista.

Fiquei chocada quando vi as imagens na televisão, quando escutei cada criança relatando cenas fortíssimas daquele filme de terror. E os repórteres explorando a dor humana.

Foi uma brutalidade? Foi. Porém, acho que esses psicólogos dando suas definições do perfil do assassino, enche as nossas cabeças de minhocas, nos faz apontar e desconfiar dos nossos vizinhos, dos nossos amigos ou dos nossos parentes. Nos faz prisioneiros do medo de morrer em qualquer esquina.

Acho a TV uma bela oportunista de tragédias... das mais recentes: A Líbia, o Japão, Realengo, O carro preto de Santos. Até parece que eles ficam na expectativa da próxima tragédia. Já chega né. Informar é uma coisa, mas ficar fazendo documentários de dores alheia é insuportável.

Já abusei de ligar a televisão pra assistir um jornal e me depara com as mesma reportagens o tempo todo. Não sou insensível, só não gosto desse ibope.

Minha confiança mudou

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sabe por que eu não confio em você como antes? Bom, eu acho que isso seria muito óbvio. Você me chama de linda um dia, me faz sentir especial, e termina a conversa com charme, educação e menciona sobre o amanhã. O amanhã vem. Não conversamos, olho pra tela do computador a cada minuto, e nada muda. Não posso acompanhar suas mudanças de humor, especialmente quando não há nenhuma explicação pra elas. Eu contava com você. Você podia estar só curtindo mais uma das garotas que você fez se apaixonar por você, mas eu honestamente acreditei. Você me fez acreditar, não importa. E você acha que sabe disso melhor do que eu. É por isso que a minha confiança mudou.

Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.