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Quando na verdade não

sábado, 20 de abril de 2013

Intenso é tudo aquilo que deixa marcas no nosso coração, difíceis de apagar. Quase que sem querer a gente se apega aos sentimentos e os tornamos a coisa mais importante e preciosa que possuímos. Eles passam a nos definir tomando conta do nosso coração, preenchendo a parte que antes ficava vazia. Não estamos acostumados a guardar tanto sentimento, eles explodem dentro da gente. Arriscamos, sem saber se vale a pena arriscar, passando a acreditar que as coisas podem ser simples e normais, quando na verdade não são. Na verdade estão longe de ser. A verdade nunca é o suficiente. Essa é a hora que a gente deveria respirar fundo e acordar. A verdade é que eu nunca fui das que fazem sentido. Acho que me perdi. Me encontra. 

Jullie Souza

Desnorteada

domingo, 10 de julho de 2011


É muito fácil você marcar a vida de alguém. Muito fácil você ensiná-la alguma coisa, aprender com ela, ser um bom amigo por um dia, ou um inimigo pra vida toda por causa de um descuido. É muito fácil despertar em alguém sentimentos que por outras pessoas não tinham sido ainda valorizados, atiçar os desejos alheios, persuadir, enganar. Sair de cena, mudar os rumos, sumir. É tão fácil entrar como é de sair, pelo mundo a fora, escanteios desconhecidos, esquinas pouco habitadas. E quantas vezes nos encontramos nas beiradas, nos extremos por causa desses que já foram algo importante um dia e que hoje só marcam presença na nossa memória, que sempre se remota a voltar no tempo e reviver esses momentos, as lembranças ainda presentes. Porque importa tanto o nível de afetividade e proximidade que você tinha com essa pessoa, que a desconsideração de um sumiço repentino estraga toda a imagem gloriosa que perpetuava em sua mente. Porque você era um exemplo pra mim em um dia, e no outro se tornou o maior dos meus rancores, a personificação da perda. E em um piscar de olhos se encontra na estrada, viajando pra longe, cortando laços afetivos tão bem zelados por mim. O pior de tudo isso é que a ponte que nos unia, hoje com as bases estremecidas, se desordenou sem motivo algum. O pior é ver as pessoas que você mais gosta escapulindo do alcance por uma mera escolha de ir contra, de almejar algo diferente de você, caminhar pra outros sentidos. E como menina sem bússola nem bula de remédio que concerte essa situação, desnorteada, me encontro aqui. Me lastimando por essas perdas, escolhas erradas que daqui a tempo irão ser arrependidas (procuro crer). E como seria bom se esse tempo logo chegasse, se você percebesse o quanto tempo anda perdendo. Podendo está aqui caminhando junto, acompanhando os passos, se divertindo comigo. Como seria bom se não houvesse opiniões tão distintas, entre lances aparecidos, jogadas errantes. Vê se volta, aprende, se organiza. Não te quero longe, nem como um desconhecido qualquer que esbarrarei na fila do padaria e aí as memórias ocorrerão em nossas mentes e mesmo assim, agiremos como se não nos conhecêssemos. Pra quê esconder a tamanha importância que um dia você já foi pra mim? Ir em frente de acordo com o que você acha que é certo pra você deve ser o caminho certo a ser seguido, e por mais difícil que seja eu compreendo essa tua escolha, meio errante pra mim, mas certa ao seu ver. Mas vê se aprende que na vida, as bases construídas não podem ser rompidas dessa forma. Que mesmo que se vá pra longe, o contato deve existir, porque ainda há amor. E em mim junto a isso, há a esperança, que os nossos caminhos tão errantes, um dia se cruzem, novamente.

Texto retirado daqui

Ciclos

sexta-feira, 1 de julho de 2011


Enquanto não encerramos um capítulo, não podemos partir para o próximo. Por isso, é tão importante deixar certas coisas irem embora, soltar, desprender-se. As pessoas precisam entender que ninguém está jogando com cartas marcadas, às vezes ganhamos e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

Fernando Pessoa

Engraçado! Sei que tenho que deixar de ser quem era, mas não consigo. Algo me impede. É como uma barreira invisível. Está ali, mas não consigo ver o que é. Estranho! Muito estranho. Uma coragem que penso ter, mas no momento me falta. Vida estranha essa que vivo. Tantos sonhos. Muitos não terminados, outros ainda nem começados. Pra que servem os sonhos, se afinal eles não passam de ficção? Terrível. Doí tanto. O que está por dentro, o que envolve nossa mente, nosso coração é tão frágil. Quando magoados, são mais difíceis de serem curados do que um machucado externo, corporal. Talvez seja essa razão pela qual o apego ao passado é tão forte. Não é fácil mandar embora o que foi importante. Não é mesmo!

Cansei

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Eu cansei de não me satisfazer comigo, não me guardar pra mim. De estar sempre escorrendo, vazando pelas beiradas. De precisar de opinião alheia por ser tudo ao mesmo tempo e esperar reconhecimento por isso. É tanta coisa aqui dentro, tanta coisa que eu tento melhorar e aprender todos os dias, que eu conto boa parte da minha vida pra quem eu acabo de conhecer e fico chateada quando não me dão o valor que eu penso merecer.

(...) Não sangra nem deixa marcas, mas escrever dói. Dói como a saudade do que não acontece, porque exterioriza sentimentos que eu escondo até de mim


Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.