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Ploc, ploc!

quarta-feira, 4 de julho de 2012


“Adoeci, quis sarar, sarei, quis tocar, toquei, quis vestir, vesti,quis dançar, dancei, quis rir, ri.” 
– Mallu Magalhães 

Espera, vontade, angustia, ansiedade. Claramente, olho em volta e vejo amigos que não existem, romances que ficaram pra trás, feridas que não cicatrizaram, e os que ficaram. Apavorei-me, e desistir. Desistir de confiar em mim... Desistir de confiar no outro... Simplesmente desistir. Era tão estranho ver na minha frente aquelas coisas que planejei partindo, tudo fazendo ploc ploc como bolha de sabão. Pensei: O que estou sendo na vida? E automaticamente respondi: NINGUÉM. Fiz coisas, e agir de maneira irônica, não era eu. Nunca foi. Quando fui... Não foi. Nem sei se rir ou chorei. Não dá pra saber, sei apenas que quando mais eu fui, menos eu credibilidade passei.

Tentar fazer-se de forte, e enfrentar

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012


Há um tipo de choro bom e há outro ruim. O ruim é aquele em que as lágrimas correm sem parar e, no entanto, não dão alívio. Só esgotam e exaurem. Uma amiga perguntou-me, então, se não seria esse choro como o de uma criança com a angústia da fome. Era. Quando se está perto desse tipo de choro, é melhor procurar conter-se: não vai adiantar. É melhor tentar fazer-se de forte, e enfrentar. É difícil, mas ainda menos do que ir-se tornando exangue a ponto de empalidecer. Mas nem sempre é necessário tornar-se forte. Temos que respeitar a nossa fraqueza. Então, são lágrimas suaves, de uma tristeza legítima à qual temos direito. Elas correm devagar e quando passam pelos lábios sente-se aquele gosto salgado, límpido, produto de nossa dor mais profunda.Homem chorar comove. Ele, o lutador, reconheceu sua luta às vezes inútil. Respeito muito o homem que chora. Eu já vi homem chorar.

Clarice Lispector - A Descoberta do Mundo

Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.