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Em dose tal

segunda-feira, 9 de setembro de 2013



“Pois de amor andamos todos precisados, em dose tal que nos alegre, nos reumanize, nos corrija, nos dê paciência e esperança, força, capacidade de entender, perdoar, ir para a frente. Amor que seja navio, casa, coisa cintilante, que nos vacine contra o feio, o errado, o triste, o mau, o absurdo e o mais que estamos vivendo ou presenciando.”

— Carlos Drummond de Andrade, Notas sobre A Banda

Você acha que um gerânio sente alguma coisa?

sábado, 11 de dezembro de 2010


“Fico tão cansada às vezes, e digo para mim mesma que está errado, que não é assim, que não é este o tempo, que não é este o lugar, que não é esta a vida. (…)então eu não sentia nada, podia fazer as coisas mais audaciosas sem sentir nada, bastava estar atenta como estes gerânios, você acha que um gerânio sente alguma coisa? quero dizer, um gerânio está sempre tão ocupado em ser um gerânio e deve ter tanta certeza de ser um gerânio que não lhe sobra tempo para nenhuma outra dúvida…” 

Caio F. de Abreu

Uma caixinha

sexta-feira, 9 de julho de 2010


Ela era uma menininha durona. Todos que conviviam com ela sabiam que ela amava diferentes pessoas, de diferentes formas. Mas o que poucos sabiam é que ela tinha uma caixinha. E que toda vez que ficava sozinha a caixinha aparecia ao lado dela. Pequena, discreta, trancada.

Um dia, mesmo sem chuva, uma triste coisa aconteceu. Então menininha chorou, e ninguém a compreendeu. Ela pegou a caixinha, abriu receosa e ali guardou aquela tristeza. A sensação que ela tinha era de que enquanto a caixinha estivesse fechada, não precisaria chorar por aquilo de novo.

Ela não queria chorar de novo, e não conseguiria lidar com aquela dor.

Mas havia algo de errado com a caixinha, a tranca parecia não aguentar a força daquela tristeza. Cada vez que a menininha ficava sozinha, sentia medo de que tudo viesse à tona.

A menininha não deixou de ser durona, mas cresceu com medo daquelas lágrimas. Não criou coragem de enfrentar a dor, e por isso, sofria toda vez que ficava sozinha.

Não tão autobiográfico como eu gostaria. A caixinha continua fechada, e fica difícil escrever sobre a tristeza que há nela.

E se você estiver errado?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Há uns duzentos anos atrás Benjamin Franklin compartilhou o segredo do seu sucesso com o mundo. Ele disse "nunca deixe para amanhã o que você pode fazer hoje". Esse é o homem que descobriu a eletricidade. Então é normal que a maioria de nós leve a sério o que ele fala. Eu não tenho ideia de porque a gente fica adiando as coisas, mas se eu tivesse que chutar, diria que tem muito a ver com o medo. Medo do fracasso, medo da dor, medo da rejeição. Às vezes, medo de apenas tomar uma decisão, porque, e se você estiver errado? E se você cometer um erro que não dá pra desfazer? Seja lá do que a gente tem medo, uma coisa é sempre verdade: com o tempo, a dor de não ter tomado uma atitude fica pior do que o medo de agir.

Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.