Mostrando postagens com marcador alegre. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador alegre. Mostrar todas as postagens

Em dose tal

segunda-feira, 9 de setembro de 2013



“Pois de amor andamos todos precisados, em dose tal que nos alegre, nos reumanize, nos corrija, nos dê paciência e esperança, força, capacidade de entender, perdoar, ir para a frente. Amor que seja navio, casa, coisa cintilante, que nos vacine contra o feio, o errado, o triste, o mau, o absurdo e o mais que estamos vivendo ou presenciando.”

— Carlos Drummond de Andrade, Notas sobre A Banda

Ansiosos espectadores

sábado, 9 de junho de 2012


"João amava Teresa que amava Raimundo 
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili 
que não amava ninguém. 
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, 
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, 
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes 
que não tinha entrado na história. "
Carlos Drummond de Andrade – Quadrilha 

A vida é assim. Um eterno ciclo de emoções. Sujeitos estamos a alegrias e tristezas, conquistas e derrotas. Quando um lado segue contente, um pode está descontente. Uma coisa que não sabemos, é qual rumo nossos caminhos irão tomar. Ficamos assim, ansiosos espectadores. Dias de Terezas, Marias, Lilis e tantas outras por ai... amava, amava, amava. O problema não está na superação. O problema existe quando se ama. E os conselhos vão e vem de todos os lados. Mas, é muito fácil de dizer, porém, complicado pra se por em prática. O que nos resta é fazer uma reserva ao tempo. 

Nesta data (2.2)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012



Mais um ano que se passa e hoje fico mais velha. Vi-me rodeada de mudanças, mas bem lá no fundo a mesma. Fiquei pensando numa maneira de não pensar se foi bom ou ruim. Mas repensei tudo o que vivi durante esses 365 dias. Houve momentos que parei e me perguntei: “Essa sou realmente eu? Porque estou agindo assim?” Ainda não encontrei as respostas. Apenas acredito que a vida lhe faz passar por diversas mutações. Sei que magoei... Que fiz tristes e alegres, que compartilhei... Não só os bons, mas também os ruins momentos. Sei que eu sou assim, autora de impulsos, que vivo os meus momentos na hora que eles têm que acontecer. Mesmo que eu me arrependa depois. Só não quero um dia sentar e ficar me lamentando os porquês de não ter feito isso ou aquilo. Nada já feito foi em vão. O que me fez bem foi ótimo, e vou levar pra sempre na memória. O que me fez mal foi uma lição, um aprendizado. O que se levar de uma vida que não se passa por desafios? Nada. É preciso dar a cara à tapa e receber lições que um dia, pode não ser hoje, mas um dia lá na frente vai agradecer por ter acontecido. Assim saberá como enfrentar. Hoje é meu dia. Unicamente meu? Não! Seria egoísmo demais dizer isso, pois há tantas outras pessoas neste mundo que também fazem parte deste dia. Desta data. Mas, como mais um aniversário, vou receber um monte de parabéns e alguns presentes. Ou não? Nunca se sabe né!... rs. 
Não sei muito falar de mim. Fico tímida. Talvez apenas o meu mistério. O meu segredo. Não é todo mundo que tem o direito de mergulhar nas minhas emoções, de conhecer os meus eus, de viajar junto aos meus pensamentos. Se você for uma dessas pessoas, talvez saiba como me sinto hoje. Se não. Não perca seu tempo tentando imaginar. Sou muito complicada. E dispenso o perfeitinha.

Apesar dos pesares,você me faz bem

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011


Eu o quero pra mim, mas sinto um frio na barriga, um tremor, só de pensar que posso esta fazendo escolhas erradas. O medo de sofrer, de lutar por alguém que talvez não valha à pena. Mas não adianta correr, tentar fugir, porque quando o coração escolhe, não adianta, tem que obedecer. Sempre querendo ao menos 5 minutos de você, tristes ou alegres. Quero! Porque esses 5 minutos me faz bem. Você me faz bem, apesar dos pesares.

Um medo que assombra

sábado, 8 de outubro de 2011


Não tenho estado muito bem nesses últimos dias, mas encontrei esse texto que está descrevendo o momento pelo qual estou passando perfeitamente.

Meu dia é uma correria, sei que é fase e que o jeito é dar seu melhor para que a meta seja atingida, mas fazem falta umas horas a mais no meu relógio, e dentro de mim.
Sem palavras, estou oca. Sumiram, congelaram, evaporaram: não escrevo. Não faço mais reflexões absurdas, se quer converso com meus botões ou fico sozinha com meu zíper. O vulcão que sempre fui, adormeceu. Deixou toda a adrenalina para a corrida até a parada de ônibus, toda a esperança para que este não esteja lotado. Vi minha intensidade diminuindo, e a revolta sendo cronometrada, não tenho tempo pra isso. Minhas pobres neuroses deixadas de lado, desamparadas, trocadas pela vontade de viver, a conformação e perseverança: não deu assim, de outro jeito há de dar. Meus sonhos se tornaram um: passar no vestibular. E o peito? Batendo sofrido.
Nua, completamente a mostra e frágil, sem letras a me cobrir e palavras a definir. Sem frases por onde caminhar segura, páginas pra me esconder ou livros pra fazer de casa. Eu sempre fui grafia, mas também fonema. Sempre tive voz ativa, palavra na ponta do dedo e desejo por passar pra fora o turbilhão interno que eu carrego, porém hoje, me abstenho. Escuto mais e ainda leio; perco-me em cálculos, diálogo com números e as letras que encontro são incógnitas. É isso, tá tudo tão misterioso, tão vazio, tão...oco. É tanta promessa pro futuro, tanto investimento no amanhã, tanto trabalho hoje. É tanta luta para o que eu nem sei se vem, é tanto esforço pra uma chance que pode fugir. Do amanhã nem o clima conheço e do hoje, só vejo névoa. É caminho desconhecido e eu sem bússola, sem mapa. Não dá pra descrever, nem dá pra escrever. Sentimento voando, entrando e saindo, titubeando, confundindo. Deixo-os ir, e voltam e se perdem e somem, não sobra vogal nem consoante pro papel. Não resta nada em um coração que aprende a deixar ir, é ensinado a deixar entrar e ainda assim, consegue prender, trancafiar a sete chaves o que deveria deixar voando aos quatro ventos. Sumiram as rimas, esgotaram-se os poemas: é tudo rotina, comum, clichê. É cama vazia, comida requentada, esperança sanfonada. É amor triturado, saudade parcelada e um silêncio que não é meu mas que agora eu carrego. É oco, é felicidade entrando e saindo, tristeza perturbando e se esvaindo. Completo-me ao mesmo tempo que me encho de buracos, não sacio, não mato fome, não dou fim a carência. Um entra e sai dentro de mim que deixa tudo pisoteado, é festa e velório, inverno e verão, e eu só sobro oca, vazia de novo. Sorrindo por isso, chorando por aquilo, me sinto o arco-íris em meio ao sol e a chuva. Crescer é uma porrada e talvez minha armadura não seja forte o suficiente, ainda. E quanto mais misturo o que fui com o que me torno e com quem um dia serei, menos me encontro, e até me assusto. Ninguém mais me habita, é transição; são inquilinos, hóspedes temporários, locatários. Bate um solidão que ecoa, um medo que assombra. Corrida sem descanso, cabeça que não para, placa não lida, bilhete não deixado, pedaço de mim reservado. Não escrever é preservar, me esconder. Fingir que não estou sentindo ou pensando, não propagar emoções diversas em formato de texto, não pontuar angústia, virgular intensidade. Ignorar dores que começam miúdas - e não merecem atenção- e proteger alegrias frágeis, que se desfazem quando as divulgamos. Oca de vida, que o dia me dá e a noite me tira, que o pouco sono me leva e o cansaço me ganha. Oca e depois cheia, nesse ciclo de quem quer viver completa quando só sabe ser metade; de quem tenta fazer tudo mas é boa em uma só parte; de quem quer tudo e mais um pouco, porém nem tem onde guardar tanto. Palavras, voltem pra mim, saiam dos livros didáticos, dos resumos, das obrigatórias e das fórmulas, sejam novamente minha cama, alimento e fuga. Deixem-me oca após um desabafo mas voltem a me preencher em cada linha desse meu corpo, que tem um coração que sente, uma cabeça que pensa e mãos dispostas a traduzir o conflito entre os dois.

Texto retirado daqui.

Voar sem sentir o peso das asas cansadas

sábado, 30 de abril de 2011


O que fazer quando a gente se olha no espelho e não se reconhece mais? Isso tem acontecido com muita frequência comigo. Às vezes não consigo reconhecer a minha imagem, dizer quem eu sou, do que gosto, o que devo vestir ou até o que penso sobre as coisas. Sou tantas ao mesmo tempo, que acabo por me perder em tantas personagens. Eu sei que é loucura, e tenho até medo de estar perdendo a minha lucidez.... Parece que os outros conseguem ter uma imagem mais nítida de mim, conseguem me descrever, mas quando isso acontece eu não sinto nada. É como se estivessem falando de outra pessoa, de uma fantasia. Olho para os meus pertences e me pergunto "Isso é realmente meu? Por que eu guardo isso?"

É assim que minha cabeça tem estado há pouco mais de 1 ano. Muitas coisas aconteceram a mim e acredito que pisar tanto no chão, e ter levado tantas quedas, possa ter abalado minha capacidade de voar. Eu vejo o céu, consigo perceber a beleza do universo que me aguarda lá em cima, mas algo me prende ao chão a todo custo. Quem me conhece superficialmente pensa o contrário, que sou a pessoa mais fofa, alegre e, sei lá, bobinha do mundo. Que se alegra por pouca coisa, que se agarra a coisas materiais. Mas eu sou a maior pensadora e buscadora de respostas que se possa imaginar. E dói ser assim. Dói pensar e procurar tanto e eu, sinceramente, não quero mais isso pra mim. Eu só queria viver, voar sem sentir o peso das asas cansadas; descobrir nuvens, arco-íris, raios de sol e estrelas pelo caminho. E sorrir. Mas a força da gravidade existe e me puxa pra baixo - ela é realmente incômoda porque estou exausta.


Apenas não quero

sábado, 17 de abril de 2010

Quem alguém morra de amor por mim. Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto a mim, abraçando-me. Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade. Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim, nem que eu faça a falta que elas me fazem. O importante, para mim, é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível, e que esse momento será inesquecível. Só quero que meu sentimento seja valorizado. Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre, e que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor. Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto. Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou e não pelo o que tenho.
Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.