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Cada segundo mais longe

sábado, 14 de abril de 2012


“Alguns estão aqui para lembrar. Alguns estão aqui para se esquecer.” 

Depois de tantos meses vazios eu queria ao menos um abraço. O tempo passando, e você cada vez mais longe, mais distraído, mais frio. E eu, sentindo nem mais nem menos. Assustada apenas. Eu já sabia que um dia isso aconteceria. Eu me sinto muito mal com tudo isso. Tenho vontades de você o tempo todo, e nem te ver todos os dias é mais possível. Estou triste. Muito triste. Às vezes a vontade que tenho é de sumir. Sumir e pensar que essa é a verdadeira justificativa para o que vem acontecendo. Mas essa não é a solução. Sei que onde quer que eu vá os problemas sempre irão comigo. Eu continuo aqui, mas o dia em que você vai me abandonar parece já estar perto. Eu sinto isso. 

Palavras sem atos

domingo, 11 de dezembro de 2011


Por um instante achei que tudo começava a ganhar contraste naqueles dias cinza. Mas percebi que em um segundo muita coisa muda, muita coisa existe e deixa de existir, muita coisa chega e vai embora, muita coisa envolve e aprisiona, muita coisa fascina e iludi. Por muitas e muitas vezes me apeguei em palavras, na poesia que a todo momento era pronunciada, que como o canto da sereia, enfeitiçava. Talvez as palavras nem possuíssem esse poder todo, eu é quem me deixei ser dramática e sentimental. Até... até descobrir ou apenas fingir acreditar que mentiras é que eram ditas. Fingir acreditar pra me distanciar. Finjo, pois não consigo acreditar que não eram verdadeiras. Estou em processo de volta à realidade, foi tudo tão mágico que se prendeu num pêndulo de incertezas. Um mundo de promessas às quais jamais poderiam ser cumpridas. Entrei nesse jogo de palavras sem atos. Um dia escrevi isso. Hoje ainda penso que confiança muda por pequenos detalhes sim.

Silêncio

domingo, 18 de abril de 2010

"Meus olhos, minha cor perdida, meu pasmo, meu silêncio por mim falam, e não dizendo nada, digo tudo" (Estevão Rodrigues de Castro)

Se me calo, é como se permitisse todos os demônios virem a tona.
Como se uma febre invadisse o corpo.
Se me calo , é como me conformar.
Sentir a guerra se iniciar dentro de mim.
Se tenho que calar-me, por uma obrigação qualquer, descompassadamente o pensamento invade o dia.
E já não existirá hora tranquila, nem pensamento vazio.
Tudo será tomado por uma espécie de desespero momentâneo.
Como se a vida fosse acabar no próximo segundo.
Como se o tempo fosse me matar na próxima virgula.
Sinto a vida esvair-se. Mas, me calo por medo de te ferir, e por isso, dentro de mim mesma me corto inteira.
Despedaço. Porque é muito mais fácil refazer-me depois com o tempo.
Não saberia fazê-lo por ti. Não deveria eu temer tanto te perder.
Porque se me calo e me perco.
Vejo que você não faria o mesmo pra deichar de me perder.
Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.