Os calafrios que percorrem meu ser
São testemunhas incontestáveis de meu abandono
Entrego-me à solidão ao deitar-me à noite
Percebendo o vazio que se alastra em mim...
Ausência e carência se misturam
Até que as letras do texto se confundam
E a angústia solidária
Assim, se dissipe...
Um sono conturbado,
Doido... Perturbado?
Na minha insanidade,
Minha algoz, a quem venero...
Me jura lealdade!
Sinto o chicote cortando
A lâmina afiada do punhal
Rasgando minhas entranhas
Traído...
Acordo... E os mesmos calafrios
Retomam seu assento
Expulsam a assassina...
Venerada, amada... Estranha.
[ Douglas Naegele]
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