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Olheiras conquistadas

quinta-feira, 28 de junho de 2012


Noites mal dormidas... Tem sido assim essa rotineira solidão. Dormir abraçadinho, encaixada em braços protetores. Situação cheia de vacâncias. Tentando a possibilidade de preencher essas lacunas com o tempo que vaga, rápido e grotescamente lento. Sonhos demais, sono de menos. Olheiras cada dia mais profundas. Vontade de sentir teu cheiro no meu travesseiro e poder dormir de conchinha. Sinto falta de você aqui comigo. Cheia de tédio, cansada, triste... Flutuante. Em profunda nostalgia.

Um belo dia...

sexta-feira, 25 de março de 2011


Você acorda com uma dor no pescoço. Uma dor nas costas. Seus olhos ardem. Seus músculos ardem. Você tem dificuldades para se lembrar das coisas, você tem dificuldades para acordar. Você tem dificuldades para dormir, para engordar, ou emagrecer, dificuldades em chegar de um ponto ao outro, dificuldades em chegar ao ponto, você perde o ponto, perde tempo. ganha rugas.
Os dias passam, você respira fumaça, bebe água contaminada. Queima a pele do seu rosto pelos raios catódicos do monitor, acende um cigarro, se pergunta até que idade você vai sobreviver.
Pensa em se mudar para o interior. Pensa em parar de fumar. Pensa em comprar roupas novas. Pensa em matar alguém.
Se cansa do rabo entre as pernas, da sensação de estar sendo prejudicado, se cansa do "a vida é assim mesmo". Você se cansa de esperar, de rezar, de aguardar, de ter esperanças, cansa do frio na barriga, cansa da falta de sono.
Você se cansa da hipocrisia, da falsidade, da ameaça constante, se cansa da estupidez, da apatia, da angústia, da insatisfação, da injustiça, do frenezi, da busca impossível e infinita de algo que não sabe o que é. Se cansa da sensação de não poder parar. 

E você não para, até que esteja morto.

Falar… falar… falar… e chorar???

sábado, 28 de agosto de 2010


… o que a gente faz com aquela dor, aquela angústia, aquela vontade de conversar com alguém e falar… falar… falar… e chorar???

O que a gente faz com aquele medo e aquela sensação de que ninguém tá te vendo?

O que a gente faz com a solidão mesmo tendo algumas pessoas perto?

O que a gente faz com a vontade de estar com alguém que tá mais distante do que nunca?

O que a gente faz com a vontade de se enfiar num buraco, cobrir a cabeça de terra e ficar ali quietinha pra ver se os sentimentos ruins não te alcançam mais?

O que você faz pra achar o sono que não vem? Pra encurtar as noites que são longas? Pra diminuir o peso dos dias?

O que eu faço???

Ausência e carência se misturam

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Os calafrios que percorrem meu ser
São testemunhas incontestáveis de meu abandono
Entrego-me à solidão ao deitar-me à noite
Percebendo o vazio que se alastra em mim...

Ausência e carência se misturam
Até que as letras do texto se confundam
E a angústia solidária
Assim, se dissipe...

Um sono conturbado,
Doido... Perturbado?
Na minha insanidade,
Minha algoz, a quem venero...
Me jura lealdade!

Sinto o chicote cortando
A lâmina afiada do punhal
Rasgando minhas entranhas
Traído...

Acordo... E os mesmos calafrios
Retomam seu assento
Expulsam a assassina...
Venerada, amada... Estranha.


[ Douglas Naegele]

Exausta demais pra decidir...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Cansada demais pra acreditar”.

“Eu estou cansada de tudo. Quem dera o meu cansaço fosse resolvido na cama depois de umas 12 horas de sono.
Mas quem está cansado como eu, sabe o tanto de tempo que se gasta entre deitar e descobrir que não consegue mais dormir. Cansaço físico é só mais uma necessidade do corpo, o tipo de necessidade que um enxame de demônios zumbindo constantemente na cabeça não me permite mais desfrutar.
Eu estou cansada, cara! Cansada de tudo e de todo mundo. Cansada da forma como eu encaro as coisas, cansada do comodismo (o comodismo é o mau parasitário), cansada do velho (eu vejo um museu de grades novidades). O novo já nasce velho.
Eu queria reinventar a vida, reinventar os valores, as pessoas, reinventar as atitudes, os preconceitos. Depois de centenas de milhares de anos de evolução, o mundo a cada dia dá mais um passo pro vazio (nos perderemos entre monstros da nossa própria criação).
Já faz tanto tempo.. "o encanto está perdido", tanto tempo.. as pessoas não se respeitam mais, tanto tempo, eu já não sei mais. Tanto tempo que alguém não deita e "olha" pro mundo e pensa na vida e se sente a pessoa mais feliz do mundo por estar ali fazendo nada.
Quem dera as pessoas soubessem que quem vê, muitas vezes não enxerga, só vê.. As pessoas estão se esquecendo de pensar =/
Eu fico triste com tudo, cara! Com a ignorância do mundo; eu tenho tantos propósitos, tantos planos tantos objetivos que eu me perco nos meus pensamentos... e eu queria tanto que as pessoas pensassem também, que tivessem preocupações maiores, que se interessassem pela VIDA. Que importância tem quantas pessoas você beijou numa micareta? Que importância tem qual é a próxima festa e se você tem um vestido bacana pra ir? Cara.. isso não é nada...
As pessoas estão se tornando desnecessárias, fúteis não precisa nem falar... Eu não escrevo isso achando que eu estou mudando alguma coisa, (isso, sim, seria ilusão, hein), ou mudando qualquer coisa na vida de alguém.. porque eu sei que muitas poucas pessoas conseguiram chegar até o final desse texto.. Dá pra entender agora do que eu estou tão cansada?

“Exausta de mais pra decidir, cansada demais pra acreditar.”

Perder-se é uma maneira de fazer novos caminhos e quebrar a rotina. Ninguém acha um atalho sem se perder antes!

F. Carpinejar '


Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.