Comecei a interpretar as pessoas do meu jeito. Simulando destinos, transformei-os em personagens. É mais fácil lidar com pessoas quando não ficamos imaginando o que elas vão pensar. É como um livro, eu sou a autora, e assim vou dando rumo aos meus personagens.
Alguns sentimentos antes recriminados afloraram-se, outros tão expressados morreram. Não por mim, mas pelos outros. A minha visão antes distorcida, hoje só vê-los sem graça. Não me emocionam mais como antes. Eu sei que você muda, eu mudo, pessoas mudam o tempo todo. A diferença é que essa mudança pode ser pra melhor ou pra pior. Muitas mudaram e me decepcionaram. Ou será que elas sempre foram aquilo e eu nunca quis enxergar? Não dá pra saber, prefiro acreditar nas mutações.
Num dia eu posso matar a mocinha e tornar o vilão em herói da história. Num outro eu deixo tudo como está. E quando eu enjoar... troco de personagens.
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