Um bichinho que rói

sábado, 26 de novembro de 2011


"É que a saudade é um bichinho que rói, rói, rói
E o coração da gente é que dói, dói, dói
Eu só na madrugada, e essa saudade danada,
Judia!"

Eu sempre tão  singular, tenho me visto tão plural. É uma saudade que brota não sei de onde e se espalha pelos cantos. É assim do nada, vem irracional. E viria até mesmo se não te conhece. Quando histórias têm que acontecer, elas acontecem. Não marca data nem hora, ela simplesmente acontece. Chega de forma rápida, intensa. Invade sem pedir licença e se acomoda como se já conhece aquele lugar a muito tempo. Implanta em nosso coração uma semente de sentimentos vorazes, que predominam cada momento do dia.  Não se deixa ser esquecida. Viaja, vai-se embora, mas sempre deixa ali um bichinho que rói, rói, rói... rói tanto que dói, dói, dói... bate, judia, maltrata. E ali abandona, agonia-se em carência de tanta saudade. Enche-se de ansiedade à espera pelo momento da chegada.

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Ilária Oliveira. Tecnologia do Blogger.