Não deixei de sentir nada que sentia antes, apenas estou sabendo colocar da forma que não eu quero. Não tenho tanto sangue frio para dizer que não sinto, quando meu coração explode. Muita coisa tem oscilado. A mente em constante agitação. As palpitações. Os sintomas. A saudade. O orgulho. Cada uma a seu ton. Mas, sabendo se colocar nos seus devidos lugares. A sensibilidade não está tão constante, então tenho conseguido conciliar muito bem esses impertinentes sintomas. Talvez tenha sido a mistura de cinismo e ironia que me deixou assim. Não fria, mas muito calculista. Ouvir negações todo dia é frustrante. Então, o jeito é não pensar pra não enlouquecer. Tenho vontades, mas as guardo em segredo. Ajo do nada, falo o que me vem à cabeça. Agonia-me essa cruel sanidade.
Às vezes morro de medo
(...)
Essa cruel sanidade
Que me leva a loucura
As vezes dura um dia
As vezes dura pra sempre
As vezes quero o improvável
Eu nunca fui razoável
Com os meus próprios desejos
Eu amei, voce escreve super bem!
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